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Alex Saab, enviado especial do governo da Venezuela para a União Africana, foi sequestrado e está detido há um ano em Cabo Verde por acção dos Estados Unidos e com base num documento da Interpol emitido já depois de ter sido feita a captura. Este caso de pirataria e sequestro, mantido à mão armada por um navio de guerra norte-americano ancorado ao largo das costas cabo-verdianas, não incomoda as sensíveis carpideiras sobre “direitos humanos”, tão prontas a dar sinais quando as violações são de outros azimutes.
Um novo documento inquietante que aqui se revela traça os planos para um esquema de mudança de regime dos Estados Unidos contra o governo de esquerda eleito da Nicarágua, supervisionado pela USAID, a fim de implantar uma "economia de mercado", impor a repressão e expulsão dos sandinistas e instaurar a selva neoliberal. Os projectos escondem-se sob os habituais sofismas da “ajuda humanitária” e da “transição para a democracia”. Segundo os cenários elaborados, até uma “grande crise sanitária” pode ajudar ao golpe.
No momento em que se procede à redacção deste texto, o impacte da pandemia de COVID-19 cifra-se em três milhões de infectados a nível mundial, sendo um milhão deles nos Estados Unidos, país que regista já mais de 55 mil mortes atribuídas ao novo coronavírus, havendo ainda aquelas que não foram contabilizadas e as que se deveram à estratégia de diversionismo mediático de Donald Trump (como foi a de sugerir publicamente a administração de desinfectantes como remédio...). Permanecem desconhecidas as origens do novo coronavírus, mas são reveladoras as políticas adoptadas diferenciadamente por diversos países e já visíveis as suas consequências.
Na segunda-feira dia 20 de Abril o petróleo atingiu pela primeira vez na História preços negativos. Nesse dia a cotação do barril de petróleo, West Texas Intermediate (WTI), nos Estados Unidos da América (EUA), fixou-se nuns espantosos 37,63 dólares negativos. No dia seguinte desceu ainda mais. Note-se que o WTI é o preço padrão para o petróleo dos EUA. Depois das taxas de juro negativas temos, agora, uma das principais mercadorias do comércio mundial a negociar com preços negativos.
Começa a anoitecer. Hoje morreram mais de 21 mil crianças com menos de cinco anos no mundo inteiro — são 7,9 milhões por ano. Entre os principais motivos estão as doenças causadas pela falta de água potável, por um saneamento inadequado ou pelo consumo de água poluída. Há muitos anos que as emergências de saúde relacionadas com a água preocupam muita gente, mas os grupos dominantes, aqueles que têm o poder de decidir, não parecem considerar essencial e urgente tomar medidas para mudar a situação.
Utilizar sacos de plástico como luvas, acessórios de natação para protecção ocular, gazes e fraldas como máscaras, contentores frigoríficos como necrotérios estacionados em frente dos hospitais, valas comuns para enterrar os corpos. Estas são algumas das respostas das autoridades nos Estados Unidos perante o surto de coronavírus. Linha de frente no combate à pandemia, trabalhadores da saúde relatam, num misto de medo e indignação, cortes de salários, suspensão e modificação de contratos, jornadas de até 16 horas, falta de materiais de protecção à contaminação, esgotamento emocional e muita, muita raiva. “Sentimos-mos como ovelhas a caminho do matadouro”, relata uma médica de Nova York[1].
Acompanhar o desenvolvimento da pandemia provocada pelo SARS-CoV-2 obriga a um esforço de constante actualização dos dados. O caminho da pandemia, dos seus efeitos, é previsível. Todavia, por cautela imposta em razão da objectividade, vamos aferindo os dados que, infelizmente, confirmam as piores previsões.
O SARS-CoV-2, vírus que causa a pandemia por COVID-19 (a doença que provoca em cada infectado), tem estado no centro das atenções a nível global. Tema que abarca múltiplas esferas (médica, de saúde pública, económica, cultural, geopolítica), é objecto de escrutínio permanente, contabilizando-se casos, desfechos fatais e também recuperações, números lidos através de modelos de análise estatística em que se projectam em modo prospectivo o impacto provável em cada local, através do conhecimento que se vai tendo dos casos alheios.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
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