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Um telegrama da insuspeita Associated Press, assinado por Kathy Gannon, testemunha o seguinte: em 2 de Julho “os Estados Unidos deixaram a base aérea de Bagram no Afeganistão ao cabo de quase 20 anos apagando as luzes e fugindo durante a noite sem notificarem o novo comandante afegão da base, que deu pela partida dos norte-americanos mais de duas horas depois, segundo fontes afegãs”.
Os gigantes tecnológicos de Silicon Valley proprietários das redes sociais e cada vez mais os controladores absolutos da internet decidiram suspender a conta Twitter da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V, alegando ter detectado “actividades suspeitas” com origem no Estado norte-americano da Virgínia, que alberga a sede da CIA e de outras agências de espionagem dos Estados Unidos. Embora a conta tenha sido reactivada algum tempo depois, ficou dado mais um sinal de poder dos gigantes privados que se assumem de uma maneira mais evidente a cada dia que passa como os grandes filtros censórios da comunicação social globalizada.
Membros da NATO e da União Europeia no Conselho de Segurança das Nações Unidas impediram uma audição que permitiria esclarecer o comportamento suspeito da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ, OPCW) no caso do suposto ataque químico em Duma (Síria), em 7 de Abril de 2018, que tudo leva a crer tenha sido encenado. O comportamento dos Estados Unidos e aliados reforça vigorosamente esta possibilidade de fraude.
O silêncio guardado pela comunicação social corporativa em relação ao linchamento judicial de Julian Assange e da liberdade de informação que está a decorrer em Londres testemunha o estado de miséria a que chegou o jornalismo dominante, capturado pelos grandes interesses minoritários e elitistas que controlam o mundo.
Hashim Thaci, “presidente” do Kosovo, ia a caminho de Washington encontrar-se com Trump quando, após mais de dez anos de denúncias, chegou finalmente a notícia de que foi indiciado por crimes de guerra, entre os quais assassínios étnicos e tráfico de órgãos internos das vítimas. Deu meia volta e voltou para casa, aguardando o que acontecerá agora ao processo num tribunal especial de Haia. Thaci é há mais de duas décadas um peão fiel da estratégia NATO, dos Estados Unidos e da União Europeia que destruiu a Jugoslávia, amputou e devastou a Sérvia, assassinou dezenas de milhares de civis e voltou a “balcanizar” os Balcãs. Como chefe do Exército de Libertação do Kosovo, organização terrorista “islâmica” que instaurou um Estado mafioso no Kosovo, Hashim Thaci é, por assim dizer, um terrorista “bom”, um gangster do “lado certo”, um atlantista devoto. Com ele será julgada – caso o processo tenha continuidade - toda metodologia da NATO para limpeza étnica, ocupação e “independência” ilegal do Kosovo, incluindo o bombardeamento da Jugoslávia em 1999.
Incapaz de convencer um número suficiente de pessoas no país a segui-la, a oposição venezuelana tem voltado esforços para cativar uma audiência internacional – principalmente norte-americana – de modo a apoiar as suas causas. Parte desse esforço é realizado online, provocando discussões em inglês nas redes sociais, criando redes de bots (robots) e editando os artigos da Wikipedia. Muitos dos artigos da Wikipedia sobre a Venezuela são tendenciosos e favoráveis à oposição, contendo numerosas imprecisões, falsidades e manipulações.
O governo conservador britânico de Boris Johnson criou uma Unidade Secreta” com o deputado venezuelano Juan Guaidó (autoproclamado “presidente interino”) com o objectivo de derrubar o chefe de Estado constitucional da Venezuela, Nicolás Maduro, para depois partilhar as riquezas do país, revela uma investigação do portal The Canary.
Um novo relatório do Instituto de Estudos Políticos dos Estados Unidos revela que enquanto dezenas de milhões de norte-americanos estão a perder os seus empregos como consequência da pandemia do novo coronavírus a elite dos super-ricos do país aumentou o seu património líquido em 282 mil milhões de dólares em apenas 23 dias. Isto acontece apesar de as previsões económicas admitirem uma contracção de 40% no trimestre em curso.
A pandemia de COVID-19 é mais que um “cisne negro” (um facto inesperado, pouco frequente). A pandemia certamente passará, mas a crise ficará – a social, a económica, a política – significando um mundo diferente que nem os mais ousados cientistas sociais e politólogos podem imaginar, com uma estimativa de mais de três mil milhões de desempregados.
Guardas embuçados do grupo transnacional de segurança G4S podem ser vistos de novo desempenhando funções junto à entrada do Parlamento Europeu em Bruxelas cerca de dez anos depois de a empresa ter sido afastada devido ao seu longo historial de violações de direitos humanos, incluindo tortura. A G4S presta igualmente serviços à Comissão Europeia tanto na capital belga como em representações através do mundo.
A informação supostamente com origem na “oposição da Síria” divulgada pela comunicação social corporativa a propósito da guerra contra este país é gerada por um tentacular sistema de propaganda montado pelo governo britânico em conjunto com empresas privadas pertencentes a ex-oficiais das forças armadas e dos serviços secretos de Londres. As provas constam de documentos oficiais resultantes de fugas de informação recentes.
Em pouco mais de um ano as grandes instituições corporativas que contam no mundo parecem ter entrado na onda da nova “agenda verde” de medidas radicais para “conter” as mudanças climáticas. Até o bastião da globalização económica empresarial, o Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça, a transformou no tema principal da reunião deste ano, envolvendo “as partes interessadas num mundo coeso e sustentável”. Entre as noções em foco esteve a “de como salvar o planeta” em que a palestrante em destaque foi a jovem activista sueca Greta Thunberg. O que poucos percebem é como tudo isto está a ser orquestrado com cuidado para preparar uma mudança massiva nos fluxos globais de capitais, movimento através do qual um punhado de gigantes financeiros tem tudo a ganhar.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
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