O Lado Oculto é uma publicação livre e independente. As opiniões manifestadas pelos colaboradores não vinculam os membros do Colectivo Redactorial, entidade que define a linha informativa.
Uma enésima tentativa de golpe de Estado foi desmantelada em 24 de junho de 2019 na Venezuela. Todos os implicados foram detidos nos dias 22 e 23; o ministro da Informação, Jorge Rodríguez, explicou pormenorizadamente na televisão os desenvolvimentos e os objectivos dos acontecimentos. De acordo com os registos das comunicações dos conspiradores, o golpe terá sido supervisionado pelos israelitas.
Depois de se ter retirado unilateralmente do acordo nuclear com o Irão no ano passado, a Casa Branca anunciou em Abril que o seu objectivo é “levar as exportações iranianas a zero”. Para tentar que isso aconteça, Washington deixou de permitir que países como a Índia, a China, o Japão, a Turquia e a Coreia do Sul importem petróleo iraniano: os Estados Unidos ditam a países soberanos com quem podem negociar.
O que está em curso há mais de setenta anos contra o povo palestiniano é um genocídio. Bárbaro. Impune. Ignorado. Branqueado por uma “comunidade internacional” que repudia o próprio direito pelo qual deveria guiar-se; e por uma comunicação social vesga e totalitária que tomou conscientemente o partido dos genocidas, pelo que chega ao comportamento perverso de acusar as vítimas de práticas terroristas.
O embaixador cessante de França nos Estados Unidos, Gérard Araud, não tem dúvidas: Israel é um Estado que pratica o apartheid; e a União Europeia é cúmplice dessa situação aviltante para os direitos humanos agindo como um súbdito dos Estados Unidos e da política terrorista de Israel. Outros diplomatas de Estados membros da União pensam da mesma maneira, mas nada disso se reflecte na acção de Bruxelas e dos governos dos 28. A colonização da Cisjordânia está prestes a transformar-se em anexação e a União Europeia, proclamando-se "farol da democracia", não mexe um dedo para impedir que tal aconteça.
Sharpeville, África do Sul, 21 de Março de 1960. O massacre de 70 pessoas ficou assinalado na história como um dos crimes mais horrendos do racismo institucionalizado. A data assinala actualmente o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial. Porque ela existe, manifesta-se de forma menos sangrenta - a não ser em Gaza, por exemplo - mas continua insidiosamente entranhada nas nossas sociedades. Há quem rejeite a realidade da discriminação racial, também em Portugal. Um negacionismo que é, afinal, uma forma de a perpetuar e contra o qual se se realiza um acto cívico nesta quinta-feira, uma concentração no Largo de S. Domingos, em Lisboa, a partir das 18 horas.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…