A FRAUDE INFORMÁTICA COMO ARMA DA “DEMOCRACIA GLOBAL”
2020-11-17
A comunicação social corporativa, um dos braços essenciais que articula a globalização neoliberal, não tem dado relevo às acusações e às provas da existência de fraudes massivas nas recentes eleições norte-americanas. O fenómeno não será de estranhar desde que se entenda a sintonia existente entre esse enorme aparelho de propaganda e as correntes dominantes do sistema globalizante, sobretudo os esforços que estas fizeram para que os resultados eleitorais fossem os que estavam previstos. O silenciamento ostensivo não impede, porém, que os actos fraudulentos que vão sendo comprovados coloquem estas eleições realizadas na “pátria da democracia” no rol dos processos que a própria “pátria da democracia” diz combater além-fronteiras. Há uma realidade a reter no que aconteceu: os resultados eleitorais foram realmente falsificados; e os processos viciadores não são utilizados apenas no caso norte-americano
Matthew Ehret, Strategic Culture/O Lado Oculto
O que traduzem estas circunstâncias? O que são votos ilegais?
Precisamente os votos que são obtidos por um candidato através de meios fraudulentos e os subtraídos a outro candidato nas mesmas ou em idênticas circunstâncias.
No caso mais recente – na sequência de outras situações detectadas em outras geografias – as formas típicas que tais actuações assumiram são: votos pelo correio que chegaram fora dos prazos legais e que mesmo assim foram contados ou boletins de voto carimbados com data e hora alterados; votos de pessoas já falecidas; votos atribuídos a pessoas que figuram nos cadernos eleitorais de um Estado mas que entretanto mudaram de Estado. Existem ainda outros, é claro.
O método mais importante e mais influente utilizado na operação de falsificação das eleições emergiu na forma de poderosas máquinas de votação controladas por tecnologia e software de contagem de votos e que vêm dominando a maioria das eleições em várias partes do mundo durante os últimos 20 anos. Processos esses que começaram por ser expostos no documentário Hacking Democracy, de 2006.
Este é o sistema de fraude que Sidney Powell, advogado do general Flynn, revelou numa entrevista publicada em 6 de Novembro:
“Essas máquinas definem um algoritmo para calcular o número de votos que podem ser necessários em determinadas áreas específicas. Acho que isso explica o que aconteceu no Estado de Michigan, onde uma ‘falha’ de computador provocou um desvio para Biden de cerca de 5500 votos no presidente Trump em apenas um dos 47 distritos. É necessário que haja uma verificação no sentido de determinar se a mesma ‘falha de software’ aconteceu nos restantes 46 distritos, o que alteraria de forma drástica os resultados globais do Estado”.
Na mesma entrevista, Powell falou de centenas de milhares de boletins de votos que surgiram misteriosamente a meio da noite, todos favoráveis ao candidato Joe Biden; e descreveu o software utilizado como sendo Hammer and Scorecard, desenvolvido há uma década por um fornecedor da CIA, Dennis Montgomery, que entretanto denunciou como funciona o sistema.
Segundo o advogado Sidney Powell, o software “foi usado por equipas e operadores ligados ao Partido Democrata, que tiveram acesso a esses programas através de canais governamentais que controlam e que utilizaram ilegalmente para mudar as tendências de voto no país. Temos algumas provas de que foi exactamente isso que aconteceu”.
Estas informações foram corroboradas e mesmo amplificadas pelo ex-analista sénior da Agência Nacional de Segurança (NSA) Kirk Wiebe, que entretanto passou para o campo dos que revelam as manobras ilegais desenvolvidas pelo aparelho oficial de espionagem. Descreveu que aplicações gémeas funcionam de maneira coordenada para apurar os diferenciais de votação num sistema e, em seguida, procedem a alterações subtis de acordo com códigos inteligentes de software que trocam os votos de um candidato para outro em microssegundos e de acordo com os objectivos do programador.
Se alguém estiver interessado numa prova do que realmente aconteceu basta consultar o caso do governador republicano Matt Bevin, cujo opositor democrata Andy Beshear recebeu os 560 votos que foram removidos da sua contagem entre actualizações em directo apresentadas na CNN.
“Falhas” semelhantes não surgiram apenas agora em 2020. Gravações das denúncias feitas em 2015 pelo juiz federal Murray Snow revelaram que esses mesmos métodos foram usados para virar votos a favor de Obama na Florida nas eleições de 2012.
O caso revelador do Dominion Vote Systems
A mais elucidativa porta de entrada no mundo corrupto da falsificação de eleições conduzido pelo Deep State, o Estado profundo norte-americano, é o estudo do caso da Dominion Vote Systems, uma empresa canadiana com sede no Estado de Colorado e que domina o cenário eleitoral norte-americano. Actualmente o Dominion é usado em 30 Estados e ufana-se de ter gerido 71 milhões de eleitores em 1635 jurisdições nas eleições presidenciais de 2016.
Entre os Estados onde este software faz a contagem de votos contam-se todos os considerados “oscilantes” e que estão agora sujeitos a recontagens e investigações judiciais, designadamente Nevada, Arizona, Minnesota, Michigan, Wisconsin, Geórgia e Pensilvânia.
Em 9 de Novembro, Bethany Blankley, do jornal Examiner de Washington, revelou que “o Dominion Vote Systems, utilizado em vários Estados onde houve alegadas fraudes nas eleições de 2020, já fora rejeitado três vezes por especialistas em comunicação de dados da Secretaria de Estado do Texas e do Procurador-Geral por não cumprir os padrões básicos de segurança”. Blankley citou a secretária de Estado do Texas, Ruth Hughs, que em 2019 rejeitou as pretensões da Dominion para entrar no Estado porque os sistemas não estavam “protegidos contra manipulação fraudulenta e não autorizada”.
Demonstrando a sua ligação partidária, a Dominion está directamente associada à Fundação Clinton através do Projecto Delion da Iniciativa Global Clinton. Este projecto foi criado em 2014 e no seu website pode ler-se:
“Em 2014, a Dominion Voting comprometeu-se a proporcionar acesso à tecnologia de votação das democracias emergentes e pós-conflitos através do seu apoio filantrópico ao Projecto Delion, uma vez que muitas democracias emergentes têm problemas com a violência pós-eleitoral devido aos atrasos na publicação dos resultados eleitorais. Nos próximos três anos a Dominion Voting apoiará organismos de direcção de tecnologia eleitoral com máquinas automatizadas de votação (AVM) doadas, proporcionando processos eleitorais aprimorados e, portanto, eleições mais seguras”.
Quando a Fundação Clinton cita as “democracias emergentes” que beneficiam da generosidade da Dominion está, de facto, a referir-se a nações que foram alvo de destruição e de processos de “reconstrução” através de revoluções coloridas sob os métodos distópicos do magnata George Soros orientados para uma ordem mundial tecnocrática. Na última década, a Dominion doou mais de 50 mil dólares directamente à Fundação Clinton dedicados a este projecto; e o ex-proprietário da empresa, William Kennard, foi nomeado por Obama como embaixador na União Europeia (2009-2013) e, antes disso, fora designado por Bill Clinton para chefiar a Comissão Federal de Comunicações (1997-2001).
Além disso, quando quis comprar um lobista a Dominion não teve de procurar no exterior do departamento de Nancy Pelosi: em 2019 contratou Nadeam Elshami, ex-chefe de gabinete da presidente da Câmara dos Representantes.
Claro que todo este processo pode ser interpretado como uma espécie “de mão de Deus” contra os republicanos por terem recorrido aos mesmos processos fraudulentos para colocarem Bush e Cheney no poder em 2000 e 2004.
Isto confirma, portanto, que as práticas eleitorais ilegais vão muito além da política partidária interna e funcionam como coração do sistema supranacional de tendência fascista que opera acima da política nacional norte-americana. Trata-se de um sistema controlado pelos fundamentalistas da globalização do neoliberalismo e que espalhou os seus tentáculos por todo o mundo das duas últimas décadas do século passado até hoje. O advogado Sidney Powell está repleto de razão quando diz, a propósito desse sistema, que “eles usaram-no contra outras entidades em outros países e agora voltam-no contra os nossos próprios cidadãos fabricando os resultados das eleições”.
O caso das Filipinas
O Projecto Delion da Fundação Clinton e da Dominion é um eixo das operações de “construção da democracia” Soros-Clinton que penetraram profundamente, por exemplo, em nações que integraram a União Soviética; operações que, entretanto, criaram uma confusão embaraçosa nas Filipinas. Neste país, uma subsidiária da Dominion, a Smartmatic (administrada pelo arqui globalista Lord Mark Malloch Brown) foi denunciada por ter estado no centro de uma vastíssima fraude eleitoral que envolveu as consultas populares de 2010, 2013 e 2016.
Quando Benigno Aquino III, um peão de Soros, foi declarado vencedor das eleições de 2010, apesar da sua escassa popularidade e de uma série de falhas na votação, a investigação judicial do comportamento da Smartmatic foi efectuada por uma equipa chefiada por Al Vitangcol, especialista em computação. A análise demonstrou que todos os sistemas eleitorais em funcionamento eram facilmente viciados através de vários caminhos: hackear os cartões de memória para encaminhar votos para um candidato; usar as portas de consola e USB na parte posterior das máquinas de contagem para permitir a ligação de laptops de modo influenciar os votos e o software através de um cabo comum, sem exigir senha ou nomes de usuários; por fim, viciar os próprios servidores de transmissão de informações eleitorais, processo que foi agora retomado nas eleições norte-americanas.
Os resultados desse e de outros estudos realizados a propósito do comportamento da Smartmatic levaram o presidente Duterte, actualmente em funções nas Filipinas, a exigir em 2019 que o governo do país “se desfaça” da empresa e “procure uma nova que seja à prova de fraude”. E deu um prazo de três anos para que essa tarefa seja concretizada.