O LADO OCULTO - Jornal Digital de Informação Internacional | Director: José Goulão

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AS SENHORAS E OS SENHORES DA GUERRA DE BIDEN

Estrategos das guerras de destruição da Líbia e da Síria, operacionais do golpe fascista na Ucrânia, teóricos neoconservadores, criminosos de guerra ligados às carnificinas na Jugoslávia e no Iraque, por sua vez associados ao núcleo belicista em torno do casal Clinton e Obama, polvilham as principais áreas de intervenção da administração de Joseph Biden. Tudo sob influência de Madeleine Albright, patrocinadora de crimes de guerra, por exemplo nos Balcãs. A comunicação social corporativa continua a “respirar de alívio” com o alegado novo rumo dos Estados Unidos; porém, do quadro actual há que esperar mais guerras, mais ingerência, mais golpes de Estado – “brandos” ou nem tanto.

UM ASSUSTADOR DUELO DE SOCIOPATAS

É comum ouvir dizer que Donald Trump não aceitará os resultados das eleições norte-americanas de terça-feira no caso de não lhe serem favoráveis. O que frequentemente se omite é que acontece exactamente o mesmo do lado democrata, onde Hillary Clinton apela a retomar a Casa Branca através de qualquer meio e em quaisquer circunstâncias. Intenção poucas vezes recordada porque é “politicamente correcto” ser-se democrata ou porque a vantagem atribuída pelas sondagens vai esfumando esse cenário. Seja como for, não está garantido que as eleições sejam pacíficas, democráticas e conclusivas no país que pretende ser a luz da democracia. Um país onde a escolha dos eleitores - mas com repercussões em todo o mundo – está restringida a dois sociopatas, ambos carregando assassínios além-fronteiras às suas costas. Estas eleições não seriam, portanto, um caso de política mas sim de polícia se o mundo estivesse nas mãos de gente docente. Mas não: os sociopatas é que mandam – um ou outro, escolha o leitor se conseguir ou achar que neste cenário ainda há lugar para o mal menor.

VENTOS DE GOLPE SOPRAM NO VATICANO

São dois livros, têm o mesmo título – “O Próximo Papa” – foram publicados por instituições da direita católica mais reacionária e traçam cenários onde se põe a carroça à frente dos bois: o afastamento do Papa Francisco, que goza de excelente saúde, que seria transformado em Papa emérito, tal como aconteceu com Bento XVI mas por razões bem diferentes. Editados na Europa, não se trata de livros inocentes nem desinteressados: traçam cenários para um próximo conclave e propõem listas de “papáveis” onde pontificam algumas figuras ultramontanas europeias e norte-americanas que se têm distinguido na conspiração permanente contra Francisco. Nos meandros vaticanos correm rumores de que por detrás destas listas estão a CIA e o FBI, além de políticos e governos europeus e norte-americanos, sem esquecer os grandes conglomerados económico-financeiros, que pretendem um Pontífice talhado à sua medida.

OS FASCISMOS “BONS” E “MAUS” NA SAGA DO IMPEACHMENT

O impeachment contra Donald Trump faz correr muita tinta e preenche horas e horas das emissões de televisão. E, no entanto, por obra e graça de quem ataca e quem defende, democratas, republicanos ou antes pelo contrário, o processo é uma refrega de baixa política sobre interesses de castas que tem como pretexto o envolvimento imperial de Washington na Ucrânia. Os depoimentos são obras de ficção, deliberadamente afastados do nó do problema ucraniano. Se fossem analisados à luz dos comportamentos norte-americanos reais e da situação no terreno nenhum dos envolvidos, fosse de que lado fosse, escaparia a um higiénico impeachment.

GUERRA DE TRUMP À CHINA ABRE CRISE GLOBAL

No passado fim-de-semana o yuan, a moeda chinesa, saiu do seu padrão habitual e desvalorizou-se para mais de sete unidades contra um dólar norte-americano. Ao mesmo tempo, a China anunciou que deixa de comprar produtos agrícolas aos Estados Unidos. A estratégia comercial delineada por Trump e pelos neoconservadores norte-americanos implodiu. Passou-se de uma guerra de tarifas comerciais para uma guerra económica mais ampla, na qual serão aplicadas outras tácticas e medidas.

JOHNSON, TRUMP E O SALTO NO DESCONHECIDO

Com a designação de Boris Johnson como primeiro-ministro britânico, a vertente anglo-saxónica que gere imperialmente o neoliberalismo globalista fica nas mãos de populistas nacionalistas com vocações racistas e fascistas. É uma alteração qualitativa que deve ser lida em bloco tanto mais que, se o Brexit se consumar, o Reino Unido ficará ainda muito mais interdependente de Washington. Pelas suas características histeriónicas, Boris Johnson vem acrescentar um nível mais elevado de imprevisibilidade a uma situação onde avulta um Trump dramaticamente imprevisível. Estará o mundo, sob o império, à beira de um salto no desconhecido?

POBREZA E DESIGUALDADE: O REINO UNIDO NA UE

"É difícil planear melhor receita para reforçar a desigualdade e a pobreza", reconhece um relatório da ONU sobre o Reino Unido, vítima da União Europeia e do neoliberalismo

A GRANDE MENTIRA IRAQUIANA 16 ANOS DEPOIS

Em 21 de Março de 2003, os Estados Unidos e o Reino Unido lançaram a guerra para destruir o Iraque com base numa torrente de mentiras. Os responsáveis estão impunes.

“NITRO ZEUS” E O APAGÃO NA VENEZUELA

Um vírus produzido nos Estados Unidos, com o nome de código "Nitro Zeus" é a arma cibernética usada pela administração para provocar os apagões sucessivos na rede de energia eléctrica da Venezuela

AFINAL OS ESTADOS UNIDOS FICAM NA SÍRIA

Trump avançou demasiado no marketing e o establishment corrigiu-o. Como seria de prever, tropas norte-americanas vão continuar na Síria

IRÃO É PRETEXTO PARA ATACAR A VENEZUELA

O núcleo de falcões que gere a política externa dos Estados Unidos associa o Médio Oriente à Venezuela para ampliarem os pretextos de guerra

AS FALÁCIAS TRÁGICAS DA GUERRA E DO TERRORISMO

O segredo para combater o terrorismo não é enviar mais tropas fingir que o combatem; é deixar de financiá-lo e armá-lo.

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