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A NATO e a União Europeia são duas criaturas do Plano Marshall. Estão intrinsecamente ligadas, formando as duas faces de uma mesma moeda: o lado militar e o lado civil. A NATO, contudo, está num plano superior ao da União Europeia porque, segundo os tratados, deve garantir a sua segurança. Por isso os jogos de guerra e as campanhas de propaganda sobre as supostas “ameaças” externas tornaram-se o quotidiano dos cidadãos europeus, com ou sem crises pandémicas. As sociedades europeias vivem sob uma cultura de guerra, sugerindo a todo o momento uma necessidade de “protecção” permanente dos Estados Unidos.
A NATO decidiu assumir o “combate à crise do coronavírus”. Por exemplo, enviando bombardeiros com capacidade nuclear para sobrevoar o Ártico até aos limites do território russo; e colocando navios de guerra nas costas da Venezuela, com poder de assalto, porque o presidente Maduro “usa a crise do coronavírus” como pretexto para “aumentar o narcotráfico”. O atlantismo move-se, como é evidente, por razões “humanitárias”.
Bombardeiros “furtivos” B-2 norte-americanos com capacidades nucleares colocados na base portuguesa das Lajes têm vindo a fazer voos de preparação no Atlântico Norte escoltados por moderníssimos caças F-35 de outros países da NATO, designadamente noruegueses. As operações decorrem no âmbito dos jogos de guerra Defender Europe 20 que os Estados Unidos decidiram manter na Europa apesar de o continente estar mergulhado na tragédia do novo coronavírus. Sendo o comandante supremo aliado na Europa, general Tod Wolters, um defensor do uso de armas nucleares num primeiro ataque – como explicou no Senado de Washington - estes movimentos são suficientes para obrigar os generais russos a colocar também o dedo no gatilho nuclear. O que se trama na Europa enquanto os povos europeus sofrem?
Em plena pandemia de coronavírus, os Estados Unidos colocaram um número indeterminado dos mais modernos bombardeiros estratégicos “invisíveis” para ataques nucleares, os B-2 Spirit, na Base das Lajes, nos Açores. Os meios de agressão irão realizar “voos de treino” e de “integração no teatro de operações” europeu e estão em solo português desde 9 de Março, informa o Comando Europeu dos Estados Unidos (EUCOM). Quer isto dizer que o Pentágono reforçou a guerra aérea na Europa com os meios mais sofisticados enquanto anunciava uma redução indeterminada do número de soldados envolvidos nos jogos de guerra Defender Europe 20.
Os jogos de guerra da NATO na Europa não serão cancelados, informa oficialmente a aliança, apesar da pandemia de coronavírus e das medidas drásticas assumidas pela maioria dos países europeus para tentar proteger os seus cidadãos da “maior crise sanitária do nosso tempo”, segundo a OMS. As gigantescas manobras Defender Europe 20 serão “alteradas” e “alguns exercícios reduzidos”, mas “a capacidade das Forças da NATO para se adaptarem rapidamente a esta situação demonstra poder, flexibilidade e resiliência”, explica o general Todd Voulters, o chefe do Comando Europeu dos Estados Unidos (EUCOM). “Isto torna-nos uma força melhor”, garante.
Os exercícios militares da NATO designados Defender Europe 20, definidos como “os maiores movimentos de tropas na Europa nos últimos 25 anos”, continuam a desenvolver-se como o previsto, apesar das medidas tomadas pelos governos europeus para combater a pandemia de coronavírus (COVID-19).
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