O LADO OCULTO - Jornal Digital de Informação Internacional | Director: José Goulão

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O CENTRO DO MUNDO DESLIZA PARA ORIENTE

A China, o Japão, a Coreia do Sul, a Austrália, a Nova Zelândia e os dez países da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) assinaram a Parceria Económica Regional Abrangente (RCEP), o maior acordo comercial do mundo, um mercado integrado que envolve 30% da economia mundial e 2200 milhões de pessoas. Trata-se de uma grande plataforma que poderá intersectar-se com várias outras entidades regionais da geoeconomia mas também da geopolítica. A comunicação corporativa praticamente não deu por isso, a não ser para dizer que se trata de mais uma arma da China contra “o Ocidente”. Um “Ocidente” que continua a olhar-se como o centro do mundo – e a comportar-se colonialmente como tal. Enquanto ele, o centro do mundo, continua a deslizar inapelavelmente para Oriente.

O QUE O LÍBANO GANHA EM OLHAR PARA LESTE

Depois de grandiloquentes declarações de solidariedade, logo ecoadas pela comunicação do regime global, as “doações” destinadas ao Líbano sob o patrocínio da França, da ONU e da União Europeia não passaram de 250 milhões de dólares, uma gota de água no vastíssimo mar de promessas - e ainda submetidas às “reformas reestruturais” do costume. No entanto, os 15 mil milhões de dólares envolvidos na reconstrução do porto de Beirute parecem ser “trocos” para empresas chinesas possuidoras do plano A para restauração e modernização das infraestruturas desenvolvimentistas e produtivas do país. O Líbano está numa encruzilhada: mais da mesma degradação sob o mito neoliberal da “Paris do Oriente”; ou virar-se para Leste, ao reencontro da história, da cultura e de uma via de desenvolvimento independente.

INDO-PACÍFICO: A FORÇA BRUTA CONTRA O DESENVOLVIMENTO

A Administração Trump tem vindo a agitar obsessivamente o conceito de “Indo-Pacífico livre e aberto”. Além de um pequeno grupo de académicos, muito poucas pessoas em todo o mundo, especialmente no Hemisfério Sul, sabem o que significa esta incipiente estratégia desde que foi divulgada pela primeira vez no fórum da APEC (Cooperação Económica Ásia-Pacífico) de 2017, no Vietname. Trata-se, no fundo, de uma resposta através da ameaça militar contra os esforços da China e da Rússia pelo desenvolvimento e a integração regional.

CHINA, UMA DÉCADA DE RÁPIDO CRESCIMENTO

A China triplicou o seu crescimento económico numa década em que a União Europeia viveu entre a recessão e um anémico crescimento. Vale a pena olhar os resultados do modelo chinês, sem tabus e efeitos da propaganda.

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