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O que está a acontecer na Colômbia há mais de um mês, desde 28 de Abril, é uma insurreição, um levantamento popular contra os efeitos da agudização das políticas neoliberais combinadas (terrivelmente agravadas) com uma gestão catastrófica da pandemia, que castiga sobretudo as camadas mais desfavorecidas. O que está a acontecer na Colômbia é uma resposta brutal do narco-Estado fascista contra a generalidade da população através de um aparelho repressivo montado ao longo de seis décadas e que tem nas forças armadas o principal suporte, articulando as polícias de segurança, as unidades móveis de assalto e a entranhada teia de grupos paramilitares ou esquadrões da morte.
Já lhe chamam a “segunda Baía dos Porcos”, a falhada incursão militar norte-americana em Playa Girón, Cuba, em Abril de 1961. Quase 60 anos depois a cena repetiu-se, com o mesmo desfecho, agora na praia de Macuto nas costas da Venezuela soberana e independente. Mercenários com ligações comprovadas com a administração Trump e a oposição terrorista venezuelana – reconhecida como “legítima” por Portugal e outros países da União Europeia – tentaram uma agressão militar para lançar o caos no país, assassinar o presidente Nicolás Maduro e mudar o governo. Falharam e os sobreviventes são agora como um livro aberto onde as personagens são Trump, Guaidó, os suspeitos do costume.
O ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Néstor Reverol, revelou a neutralização pelo governo, no domingo 3 de Maio, da incursão de um grupo terrorista contra o país por via marítima, com origem na Colômbia e que, em lanchas rápidas, tentou um desembarque nas costas do Estado de La Guaira.
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