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Pequim e Moscovo não acertaram as suas horas pela de Washington durante os últimos tempos, como se fez nos subservientes países ocidentais. China e Rússia têm a sua parceria estratégica em funcionamento e seguem caminhos próprios que não estão à espera de “autorização” decorrente da “escolha” norte-americana. Enquanto decorria o duelo de sociopatas nos Estados Unidos, o Comité Central do Partido Comunista da China apreciou o plano quinquenal até 2025, decisivo no caminho do país para a autossuficiência económica ao mais elevado nível tecnológico. E o “pragmatismo” de Moscovo afinou-se em debates como alternativa aos reconhecidos fracassos neoliberais no Ocidente. São opções próprias que estão a traçar outros caminhos não coincidentes com os do decadente império.
O acontecimento passou quase despercebido mas fica como um marco nos actuais desenvolvimentos geopolíticos, geoestratégicos e geoeconómicos globais: os presidentes da Rússia e da China Popular realizaram uma “cimeira telefónica” em 8 de Julho na qual aprofundaram as estratégias de colaboração e coordenação, a todos os níveis, entre os dois gigantes. Além de reforçarem a sua aliança tendo como referência o quadro estabelecido pela Carta das Nações Unidas e o multilateralismo, a igualdade entre os povos e os Estados, Vladimir Putin e Xi Jinping não hesitaram em solidarizar-se mutuamente com recentes movimentos políticos nos dois países como o referendo constitucional na Rússia e a entrada em vigor da lei de segurança nacional em Hong Kong.
Os colonialistas saem do sério quando os progressos da descolonização alteram o status quo em que se julgavam eternizados. As alterações nos contextos da Ásia Central – na perspectiva da integração euroasiática – e a nova lei de segurança de Hong Kong, por exemplo, evidenciam os efeitos descolonizadores das estratégias internacionais de potências como a Rússia e a China. Daí que a Europa, depois de olhar por cima para a Ásia como “o Extremo Oriente”, tenha agora dificuldade em aceitar-se como previsível “Extremo Ocidente” da Ásia
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
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