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A saga das vacinas em Portugal está distorcida. Centra-se na condenável batota para adulteração das listas de prioridades da vacinação que, apesar da sua gravidade, funciona como cortina de fumo para esconder aspectos muito mais inquietantes do processo, o principal dos quais é a submissão do governo e a abdicação da vontade própria perante a inconcebível e corrupta estratégia de selecção, compra e distribuição conduzida pela Comissão Europeia. Uma estratégia que se guia sobretudo pelo lucro e pela secundarização da saúde pública, desvalorizando e silenciando eventuais riscos associados.
O que têm em comum a aliança de vacinação GAVI de Bill Gates, a poderosa Mastercard e a empresa Trust Stamp mais os seus softwares de identificação biométrica? Negócios, certamente, grandes negócios, pensará o leitor. Nada disso: a acreditar nos próprios, trata-se de uma grande convergência cívica e humanitária que juntará a recolha de dados biométricos de identificação de indivíduos com base em inteligência artificial, os dados de saúde e vacinação, sobretudo os motivados pelo combate à COVID-19, e os métodos de pagamento sem mexer em dinheiro, essa matéria de repente tornada repelente e “contagiosa”. A esta combinação virtuosa chamaram “Passe de Bem-Estar” ou de saúde. No limite, juntam-se potencialmente ainda muitas outras virtualidades num só “passe” em que o pessoal, o público e os grandes interesses privados se diluem com as melhores das intenções, como podem ser também a identificação de futuros focos de COVID-19, de ajuntamentos para manifestações, a “prevenção policial”, o rastreio de infectados e a desmaterialização das pulseiras electrónicas da justiça. Um admirável mundo novo.
As vacinas, para Bill Gates, são uma filantropia estratégica que alimenta os seus muitos negócios na área (incluindo a ambição da Microsoft de controlar uma campanha global associando vacinação e identificação) e dá-lhe controlo ditatorial sobre a política global de saúde.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
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