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O regime da Bielorrússia, com a sensibilidade de quem caça formigas com canhões, decidiu tentar resolver problemas internos através de um acto de pirataria internacional e acertou nos próprios pés. Ofereceu de bandeja a quem o ataca gratuitamente, jogando as cartas viciadas da geopolítica, um ás de trunfo que vai servir para acelerar, a partir de agora, as manobras de desestabilização e de mudança de regime que têm vindo a desenvolver-se. Para deitar a mão a um fascista mercenário de “revoluções coloridas” às ordens de Biden, Bruxelas & Cia o governo de Lukachenko acabou por provocar a mobilização geral da parafernália imperialista montada contra os “Estados párias” – e deu ainda mais alento aos múltiplos canais da russofobia. É provável, por isso, que o saldo da operação não lhe seja favorável, além de suscitar um óbvio agravamento do intervencionismo da NATO contra a Rússia. A situação gerada tem, por outro lado, a particularidade de escancarar a hipocrisia, a falta de decoro e de princípios das elites do chamado “mundo ocidental”, que entraram em delírio sem se darem conta das rasteiras em que a História as pode fazer cair. Enfim, um retrato multifacetado do mundo de hoje.
O presidente dos Estados Unidos da América chamou “assassino” ao presidente da Federação Russa. E assegurou que ele irá pagar por isso. Ora quando estão envolvidas no assunto as duas principais potências nucleares mundiais e a ameaça é tão assertiva, na sequência do insulto, percebe-se que uma tão peculiar espécie de diplomacia não tem a ver com azedumes pessoais, jogando antes com a vida de todos nós.
A União Europeia aprovou novas sanções contra a Rússia partindo do princípio de que a detenção em Moscovo de um indivíduo chamado Alexei Navalny é um atentado contra a democracia, os direitos humanos e outros valores que povoam os discursos de Bruxelas mas não correspondem à prática quotidiana. Valerá a criatura, a quem até já a Amnistia Internacional retirou o estatuto de “prisioneiro de consciência”, uma atitude tão drástica que poderá voltar-se contra os interesses dos cidadãos europeus? A seguir irá demonstrar-se que Navalny é um blogueiro de extrema-direita, xenófobo, nacionalista e populista de bom convívio com os fascismos, um oportunista e manobrador político mais ou menos insignificante na sociedade russa. Depois que cada um tire as suas conclusões sobre o que faz correr a União Europeia nesta cruzada contra a Rússia, cumprindo o papel que lhe foi atribuído no guião escrito em Washington.
Intelligence Online, uma newsletter internacional que divulga recados dos serviços secretos ocidentais, publica um curto texto sob o sugestivo título “Biden vai acabar na Síria o que Obama começou”. Mais palavras são desnecessárias: a frase vale pelas 10 ou 20 mil palavras de um programa de governo. Ilusões para que vos quero.
Estrategos das guerras de destruição da Líbia e da Síria, operacionais do golpe fascista na Ucrânia, teóricos neoconservadores, criminosos de guerra ligados às carnificinas na Jugoslávia e no Iraque, por sua vez associados ao núcleo belicista em torno do casal Clinton e Obama, polvilham as principais áreas de intervenção da administração de Joseph Biden. Tudo sob influência de Madeleine Albright, patrocinadora de crimes de guerra, por exemplo nos Balcãs. A comunicação social corporativa continua a “respirar de alívio” com o alegado novo rumo dos Estados Unidos; porém, do quadro actual há que esperar mais guerras, mais ingerência, mais golpes de Estado – “brandos” ou nem tanto.
Os gigantes tecnológicos de Silicon Valley proprietários das redes sociais e cada vez mais os controladores absolutos da internet decidiram suspender a conta Twitter da vacina russa contra a Covid-19, Sputnik V, alegando ter detectado “actividades suspeitas” com origem no Estado norte-americano da Virgínia, que alberga a sede da CIA e de outras agências de espionagem dos Estados Unidos. Embora a conta tenha sido reactivada algum tempo depois, ficou dado mais um sinal de poder dos gigantes privados que se assumem de uma maneira mais evidente a cada dia que passa como os grandes filtros censórios da comunicação social globalizada.
Empestadas pelo lixo mediático atulhado de superficialidades, ausência de ideias e pela irresponsável tentação de branqueamento do fascismo, as eleições presidenciais em Portugal estão praticamente vazias de temas nobres e essenciais que deveriam estar no centro de cada consulta eleitoral como é, entre outros, o caso da soberania nacional.
É um assunto de extrema gravidade: com a mais absoluta discrição, os Estados membros da NATO e da União Europeia, o que naturalmente inclui Portugal, abstiveram-se nas Nações Unidas sobre o nazismo; uma vergonhosa confissão, enquanto a própria União Europeia vive dificuldades no seu funcionamento devido às emanações fascistas na Polónia, na Hungria e nos Estados bálticos, tratadas, com muito pudor, como “populistas”, “nacionalistas” ou “iliberais”. Na verdade, desde a Segunda Guerra Mundial, a CIA e depois a NATO reciclaram numerosos criminosos um pouco por todo o mundo, ultimamente nos países bálticos e na Ucrânia. Estes veiculam abertamente uma ideologia racial que, aliás, nunca abandonaram.
A filantropia está na moda. Não se trata apenas da tradicional caridadezinha, os que podem aos que precisam, mas de qualquer coisa muito mais grandiosa e assegurada por nomes sonantes da elite que nos governa à escala global, dir-se-ia que compadecidos das desigualdades gritantes, compungidos com as injustiças avassaladoras. Mergulham as mãos nos seus biliões e espalham uns trocos no apoio a causas fracturantes e que mobilizam a consciência de grande parte da humanidade. É certo que isso não os impede de serem cada vez mais ricos, antes pelo contrário, mas quem pode levar-lhes a mal? O mundo é assim!...
Do Extremo Ocidente ao Extremo Oriente, a Eurásia é um conceito geoeconómico e geopolítico onde se mexem as pedras de um Grande Tabuleiro de Xadrez, assim definido por Zbigniew Brzezinski, um dos estrategos imperialistas a par de Henry Kissinger. Nesse cenário deverão ser enquadrados os passos em curso para um desanuviamento entre a União Europeia e a Rússia – para desespero da administração Trump – mas também as contradições existentes na redefinição de uma nova ordem internacional onde a parceria estratégica Rússia-China tem um papel cada vez mais determinante – descongelando a geoestratégia moldada pelo imperialismo.
Na Holanda decorre um julgamento espectáculo pretensamente associado à tragédia do avião da Malaysia Airlines que fazia o voo MH-17 em 17 de Julho de 2014. Na verdade, não é de justiça que tratam os participantes no show, mas sim de tentar validar para a história uma mentira que ultraja a memória de todos os que perderam a vida naquele dia. Os actores participam, afinal, numa grande encenação de viciação geopolítica.
Nazis ucranianos do Batalhão Azov e do Sector de Direita, dois pilares do actual regime de Kiev apoiado por Washington e Bruxelas, estão em Hong Kong para orientar e participar nos motins e acções terroristas que no Ocidente são conhecidos como “movimento pró-democracia”. Um dos centros de organização dessa colaboração é uma Liga Liberal Democrática em Kiev financiada pela União Europeia
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
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