O LADO OCULTO - Jornal Digital de Informação Internacional | Director: José Goulão

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O QUE ESTÁ A ACONTECER NA COLÔMBIA

O que está a acontecer na Colômbia há mais de um mês, desde 28 de Abril, é uma insurreição, um levantamento popular contra os efeitos da agudização das políticas neoliberais combinadas (terrivelmente agravadas) com uma gestão catastrófica da pandemia, que castiga sobretudo as camadas mais desfavorecidas. O que está a acontecer na Colômbia é uma resposta brutal do narco-Estado fascista contra a generalidade da população através de um aparelho repressivo montado ao longo de seis décadas e que tem nas forças armadas o principal suporte, articulando as polícias de segurança, as unidades móveis de assalto e a entranhada teia de grupos paramilitares ou esquadrões da morte.

O CONTRATO ENTRE GUAIDÓ E OS SEUS MERCENÁRIOS PARA MATAR MADURO

Tomar o aeroporto de Caracas, capturar o presidente Nicolás Maduro com o objectivo de o enviar para os Estados Unidos – ou matá-lo, em alternativa – era o objectivo principal da operação terrorista de 3 de Maio contra a Venezuela, de acordo com as confissões dos mercenários – entre eles dois ex-membros das forças especiais dos Estados Unidos – capturados na ocasião. A acção está expressa como “objectivo principal” no contrato estabelecido entre o chefe fascista Juan Guaidó, auto-intitulado “presidente interino”, e a empresa de mercenários Silvercorp, da Florida, igualmente prestadora de serviços ao actual presidente dos Estados Unidos. Conheça os meandros do contrato e os métodos de gestão pretendidos por Guaidó, o “presidente” da Venezuela reconhecido por numerosos países da União Europeia, entre os quais o governo da República Portuguesa.

CENÁRIOS DA RELAÇÃO ENTRE OS ESTADOS UNIDOS E O NARCOTRÁFICO

A Colômbia produz pelo menos 70% da cocaína que circula no mercado mundial; o Afeganistão é responsável por mais de 90% do ópio que está na base da heroína comercializada. As produções estão “nos máximos históricos”, segundo o relatório da ONU em 2018. Os Estados Unidos, através de presenças militares, controlam política e economicamente os dois países – e pelos números envolvidos no negócio mundial de estupefacientes é muito provável que não seja coincidência, tanto mais que, como está provado, dinheiro da droga tem servido para financiar operações encobertas da CIA. Entretanto, Washington projecta acções armadas contra a Venezuela, alegadamente pelo envolvimento deste país no tráfico de droga. Um pretexto falso em busca de dividendos políticos e económicos enquanto o narcotráfico prossegue sem transtornos de maior.

FORÇAS DO PENTÁGONO AMEAÇAM A VENEZUELA

Os Estados Unidos enviaram forças de guerra para as imediações da Venezuela no âmbito de uma série de acções políticas, conspirativas e terroristas para forçar a mudança de governo no país numa altura em que povo venezuelano se debate contra a epidemia de coronavírus. Um combate travado em situações tornadas ainda muito mais difíceis devido às carências sanitárias impostas pelas sanções dos Estados Unidos e da União Europeia. Portugal surge envolvido em aspectos desta operação conduzida pela administração Trump que viola o direito internacional e contraria a Carta das Nações Unidas.

CRIADOS ESQUADRÕES DA MORTE NA VENEZUELA

A estratégia para destruir o legítimo Estado constitucional venezuelano é constituída por múltiplas variáveis e diversos cenários. Entre eles, como agora ficou a saber-se, o recurso aos sangrentos esquadrões da morte, bandos de assassinos sustentados pelos interesses coloniais na América Latina. Foram criados na Venezuela pelo homem de Trump, Elliot Abrams, que há 30 anos os forjara na Nicarágua.

AMNISTIA INTERNACIONAL AFINADA COM O IMPÉRIO

A Amnistia internacional é juiz na Venezuela ouvindo apenas o lado da extrema-direita. Problema: o seu conceito de "direitos humanos" coincide com o dos agressores norte-americanos

O COLAPSO DA SOBERANIA E DA VERGONHA NO BRASIL

A entrega das políticas externa e de defesa nacional brasileiras aos Estados Unidos é prova do colapso de soberania e da vergonha do país, transformado em colónia.

WASHINGTON MONTA GUERRA COLONIAL NA AMÉRICA LATINA

Movimentações militares, uma reunião de conspiração para agredir a Venezuela, novas sanções contra a Nicarágua e contra Cuba. Nos últimos dias, a ofensiva colonial norte-americana contra a América Latina acelerou-se perante a sucessão de fracassos nas tentativas para derrubar Maduro e impor Guaidó. Um após outro, vão regressando ao activo, pela mão dos fascistas Bolton, Pompeo e Pence da administração Trump, os estrategos terroristas responsáveis por algumas das mais cruéis fases imperialistas no "quintal das traseiras". Uma ofensiva que dinamita as próprias fronteiras regionais, como a União Europeia começa a perceber.

INVASÃO DA VENEZUELA DEBATIDA EM WASHINGTON

No dia 10 de Abril realizou-se em Washington uma reunião para "avaliar a utilização da força militar na Venezuela". Apesar de "privada" e organizada por um "think tank", o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, a reunião conspirativa teve a participação de membros do Departamento de Estado e do Conselho de Segurança Nacional, pertencentes pois à Administração Trump. A lista de participantes, que publicamos no final do artigo, incluiu o almirante Kurt Tidd, que é há muito uma figura de topo nas actividades contra a soberania da Venezuela como comandante do Comando Sul das Forças Navais dos Estados Unidos - cargo que deixou recentemente.

AGRESSÃO À VENEZUELA: UM ROTEIRO COM TRÊS ANOS

O almirante Kurt W. Tidd, chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, recomendou há três anos o seguinte para a Venezuela: "é preciso explorar ao máximo do ponto de vista político, reforçando a matriz mediática, a escassez de água, alimentos, medicamentos e de electricidade”, “ligando a crise à responsabilidade exclusiva de Maduro”; e “pedindo à comunidade internacional uma intervenção humanitária para manter a paz e salvar vidas”. Qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência.

CONFIRMADO: ESTADOS UNIDOS CERCAM MILITARMENTE A VENEZUELA

As mais recentes movimentações de tropas e outros meios militares norte-americanos com o objectivo de apertar o cerco à Venezuela reforçam os indícios de que as manobras em torno da "ajuda humanitária" anunciadas para sábado pelo "presidente interino" da Venezuela, Juan Guaidó, têm como objectivo desencadear uma operação militar. A componente militar sob comando norte-americano parece estar pronta a tirar proveito da provocação que está a ser tentada para esse dia nas zonas fronteiriças entre a Venezuela e a Colômbia. Um dos roteiros possíveis da operação está disponível.

BASES PLANETÁRIAS DOS EUA: O IMPÉRIO DO TERROR

São cerca de 800 em mais de metade dos países do mundo; algumas não saem do secretismo da clandestinidade permitida por governos corruptos ou corrompidos. É a geografia do terror através da qual o império norte-americano pretende demonstrar a sua força impondo o medo e a subjugação. Nessas bases não vigoram o direito internacional ou a lei, a não ser a da força e do poder arbitrário. Ou da arrogância imperial imposta a um Estado que permanece soberano, como em Guantánamo, em Cuba. As bases militares norte-americanas pretendem afirmar um domínio que tem como reverso o desespero de um globalismo decadente. Por isso, tendencialmente sem limites nem razão humana.

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