O Lado Oculto é uma publicação livre e independente. As opiniões manifestadas pelos colaboradores não vinculam os membros do Colectivo Redactorial, entidade que define a linha informativa.
No dia 24 de Março deste ano, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou o decreto 117/2021 no qual determina que a política oficial do seu regime é a de “reconquistar” a Crimeia à Rússia; e identifica o porto de Sebastopol como alvo prioritário desta estratégia. A iniciativa foi acompanhada pelo transporte de avultados meios de guerra, incluindo comboios de tanques, em direcção ao Leste ucraniano, a região onde Kiev tem mantido um cerco e actos de guerra contra as populações civis, essencialmente a cargo de unidades militares e paramilitares nazis. A decisão de Zelensky provocou uma reacção simétrica por parte da Rússia: reforço das capacidades militares na Península da Crimeia e nas imediações da fronteira oriental da Ucrânia. A comunicação social corporativa, sobretudo a “de referência”, só conta esta parte da história, encaixando-a na narrativa da “agressão russa”. Para se ter uma noção da real gravidade da situação, porém, é necessário conhecer o cenário completo.
Os Estados Unidos contam com o colaboracionismo da Grécia para ocupar militarmente o porto de Alexandroupolis, na região da Trácia Ocidental, como forma de bloquear a ligação marítima entre o Mediterrâneo e o Mar Negro a países que “têm interesses diferentes dos nossos”, designadamente a Rússia e a China. Uma arma na “geopolítica da energia” e mais um foco de provocações militares em perspectiva.
Em menos de um ano, desde Junho do ano passado, as forças coloniais da NATO e da União Europeia deram passos decisivos para o controlo absoluto da região dos Balcãs. Nesse dia foi assinado o Tratado de Prespa, entre a Macedónia ex-jugoslava e a Grécia de Tsipras. Seguiram-se golpes na Macedónia e passos determinantes para a integração do Kosovo da Albânia, enquanto mais uma "revolução colorida" ganha fôlego na Sérvia. Nasce assim a Grande Albânia, velha ambição do expansionismo islâmico e mafioso de Tirana, cenário que coincide com as pretensões coloniais de Washington e Bruxelas no Sudoeste Balcânico.
Batalhões militares, grupos paramilitares e gangs de choque neonazis assumiram efectivamente o poder na Ucrânia - nos quartéis, nas ruas e nas instâncias políticas -, mantendo o governo sob ameaça permanente de demissão no caso de não aplicar as medidas que exigem. O território ucraniano tornou-se um lugar de concentração, doutrinação e treino de grupos fascistas de todo o mundo, sobretudo da Europa, com luz verde dos Estados Unidos, que fornecem armas e instrutores militares. O longo eixo fascistas estende-se aos supremacistas brancos norte-americanos, que recebem treino da estrutura nazi do Batalhão Azov, a mais poderosa organização político-militar da Ucrânia depois do golpe de Estado "democrático" apoiado pela União Europeia.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…
RENOVAÇÃO DE ASSINATURAS |
Estimado Assinante,
Se a sua assinatura está prestes a expirar e desejar renová-la deverá proceder como anteriormente: escolher a periodicidade e a forma de pagamento.
Pode igualmente aderir à nossa acção de "assinatura solidária", contribuindo assim para reforço dos conteúdos de O Lado Oculto e assegurando a sua continuidade.
Grato pelo seu apoio
O Colectivo Redactorial