O Lado Oculto é uma publicação livre e independente. As opiniões manifestadas pelos colaboradores não vinculam os membros do Colectivo Redactorial, entidade que define a linha informativa.
Uma viagem ao mundo da “estratégia de comunicação” da União Europeia e respectivas emanações é uma experiência indispensável para confirmar os indícios de que os dirigentes europeus convivem cada vez mais desconfortavelmente com a liberdade de opinião. Na verdade, como ilustra essa incursão, já encaram a informação como propaganda, o contraditório como um abuso e a liberdade como um delito. Está aberto o caminho para a imposição da opinião única, em que se baseiam todas as formas de censura, desde a dos coronéis à dos “fact-checkers” contratados a peso de ouro por Bruxelas.
Task Force para a Comunicação Estratégica é a nova entidade que, segundo a Comissão Europeia, cumpre "o plano contra a desinformação" que já está a vigorar na União Europeia. Um plano para combater "a deformação e a falsificação dos factos para criar a confusão e minar a confiança das pessoas nas instituições e nos processos políticos estabelecidos". A Task Force é constituída pelos verificadores, os executores do Fact-checking, isto é, os novos censores. Trata-se de impor, na comunicação social, "o respeito pelos nossos valores europeus e os nossos direitos fundamentais", que são também, por exemplo, os do Grupo dos Sete, da NATO, certamente do FMI, do Banco Mundial. Valores e direitos que, por definição, passam a ser os únicos admitidos. O resto é fake: e assim será porque, como em qualquer ditadura, ninguém verifica os verificadores.
Os Estados Unidos decidiram enviar um reforço de mil efectivos de tropas para o Médio Oriente com o objectivo de “responder aos recentes ataques do Irão”, segundo o secretário da Defesa em funções, Patrick Shanahan. Entretanto correm informações de que o Pentágono prepara “bombardeamentos tácticos massivos” contra alvos iranianos, possivelmente locais da sua indústria nuclear civil.
O embaixador cessante de França nos Estados Unidos, Gérard Araud, não tem dúvidas: Israel é um Estado que pratica o apartheid; e a União Europeia é cúmplice dessa situação aviltante para os direitos humanos agindo como um súbdito dos Estados Unidos e da política terrorista de Israel. Outros diplomatas de Estados membros da União pensam da mesma maneira, mas nada disso se reflecte na acção de Bruxelas e dos governos dos 28. A colonização da Cisjordânia está prestes a transformar-se em anexação e a União Europeia, proclamando-se "farol da democracia", não mexe um dedo para impedir que tal aconteça.
Golpe na Venezuela, com banho de sangue no horizonte; retirada norte-americana do Tratado que proíbe mísseis de médio alcance e desbrava o caminho da guerra nuclear. Dois passos para o abismo dados pela administração Trump desde que o núcleo de sociopatas em torno do presidente se tornou sólido e estável. Ocasião escolhida pelos aliados de Washington para transformarem as supostas divergências com administração norte-americana em rendida vassalagem, corresponsabilizando-se, assim, pelas ameaças de tragédia que se reforçam sobre os povos da América Latina e do continente europeu. Uma subserviência na qual o governo de Portugal se esforça por ter lugar de destaque.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…
RENOVAÇÃO DE ASSINATURAS |
Estimado Assinante,
Se a sua assinatura está prestes a expirar e desejar renová-la deverá proceder como anteriormente: escolher a periodicidade e a forma de pagamento.
Pode igualmente aderir à nossa acção de "assinatura solidária", contribuindo assim para reforço dos conteúdos de O Lado Oculto e assegurando a sua continuidade.
Grato pelo seu apoio
O Colectivo Redactorial