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Um tribunal britânico de apelo anulou a sentença do Tribunal de Comércio de Londres que permitia ao autoproclamado “presidente interino” da Venezuela, Juan Guaidó, movimentar em proveito próprio e do seu sistema de usurpação as 31 toneladas de ouro venezuelano à guarda do Banco de Inglaterra, no valor de 1800 milhões de dólares. A decisão foi tomada dando razão ao recurso apresentado pelo Banco Central da Venezuela contra a sentença.
Elon Musk, dono da Tesla, um dos homens mais ricos do mundo, twittou tranquilamente, como quem anuncia que vai jogar ténis, que “daremos o golpe em quem quisermos”. E aconselhou: “lidem com isso”. As palavras foram escritas num contexto relacionado com o golpe fascista na Bolívia, que permitiu a Musk desbloquear o livre acesso às maiores reservas de lítio do mundo, essenciais para a parte gorda dos seus negócios, os acumuladores de energia.
O direito nacional e internacional deixou de contar. O actual espectáculo legal montado no Tribunal de Comércio de Londres sobre as reservas de 30 toneladas de lingotes de ouro venezuelanas guardadas na Grã-Bretanha conduz a esta conclusão. Surpreendentemente, a uma velocidade que ninguém imaginaria, o tribunal presidido pelo juiz Nigel Teare decidiu reconhecer unicamente Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela. Um acto de moderna pirataria.
O governo conservador britânico de Boris Johnson criou uma Unidade Secreta” com o deputado venezuelano Juan Guaidó (autoproclamado “presidente interino”) com o objectivo de derrubar o chefe de Estado constitucional da Venezuela, Nicolás Maduro, para depois partilhar as riquezas do país, revela uma investigação do portal The Canary.
Por muito que o Chefe de Estado, ministros, TAP e a comunicação social corporativa tentem compor uma imagem de vitimização, própria de quem pretende desviar o assunto da sua essência, a verdade é que existiram anomalias graves, e que estão a necessitar de explicações sérias, relacionadas com o voo TP173 de Lisboa para Caracas, no dia 13 de Fevereiro.
Em pouco mais de um ano as grandes instituições corporativas que contam no mundo parecem ter entrado na onda da nova “agenda verde” de medidas radicais para “conter” as mudanças climáticas. Até o bastião da globalização económica empresarial, o Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça, a transformou no tema principal da reunião deste ano, envolvendo “as partes interessadas num mundo coeso e sustentável”. Entre as noções em foco esteve a “de como salvar o planeta” em que a palestrante em destaque foi a jovem activista sueca Greta Thunberg. O que poucos percebem é como tudo isto está a ser orquestrado com cuidado para preparar uma mudança massiva nos fluxos globais de capitais, movimento através do qual um punhado de gigantes financeiros tem tudo a ganhar.
O clima! Quem diria que as megacorporações e os megamilionários que estão por detrás da globalização da economia mundial nas últimas décadas, cuja procura incessante de lucros para os accionistas e das reduções de despesas tanto dano causaram ao mosso meio ambiente, tanto no mundo industrializado como nas economias subdesenvolvidas de Ásia, África e América Latina, se tornaram agora os principais patrocinadores do movimento de descarbonização de base - da Suécia à Alemanha, aos Estados Unidos e muito mais além!
Participação na extorsão, pelo Banco de Inglaterra, de 1359 milhões de dólares de ouro ao Estado venezuelano; confisco de 1543 milhões de euros pelo Novo Banco. Pelo menos três mil milhões de euros é o montante da delapidação de bens do povo venezuelano em que o governo de Portugal está envolvido, directa e indirectamente. Dinheiro que Caracas não pode usar para comprar medicamentos e outros bens de primeira necessidade e que é parte de uma guerra sem tropas, mas letal, conduzida pelos Estados Unidos. Os portugueses têm o direito de conhecer a realidade desta cumplicidade, mas o governo ainda tenta disfarçar, com o silêncio, que está ao lado da administração fascista norte-americana nesta atrocidade contra a democracia, os direitos humanos e a soberania dos povos
O Chefe de Estado e o governo de Portugal actuam em concorrência degradante no desrespeito pela dignidade do país. Comportando-se com uma subserviência indigna para todos os portugueses, ignorando a Constituição da República no que à soberania nacional diz respeito, surgem alinhados com figuras e instituições inquietantes para a estabilidade do mundo. Um convida a patroa do FMI para o Conselho de Estado e vai ao Brasil abençoar a posse do fascista Bolsonaro; outro, asfixiando o país com a inútil obsessão do défice, envolve-se na estratégia de Trump que pode provocar um banho de sangue na Venezuela. Coluna vertebral precisa-se neste país à deriva e carente de identidade.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
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