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A China está preparada para tomar uma série de medidas de resposta contra um plano dos Estados Unidos para bloquear o envio de semicondutores destinados à empresa chinesa de telecomunicações Huawei. Entre essas acções estão a de colocar empresas norte-americanas numa “lista de entidades que não são dignas de confiança”, a imposição de restrições a empresas norte-americanas como a Apple e a interrupção de compra de aviões à Boeing. As informações foram divulgadas por uma fonte próxima do governo de Pequim.
A Comissão Europeia está a ponderar a possibilidade de “permitir viagens” durante o período das férias desde que as pessoas se submetam ao rastreio dos seus telemóveis para fiscalizar os contactos que estabeleçam – um método de controlo dos cidadãos que adquire cada vez mais adeptos entre membros das principais instâncias da União Europeia.
Se há domínio onde a futurologia está avançada, tocando mesmo o nível zero de erro, é o das pandemias virais. O Event 201, realizado em Outubro de 2019 em Nova York, antecipou apenas em dois meses o terrível mergulho no desconhecido que estamos a viver. É certo que a vocação assassina do coronavírus parece pecar por escassa em relação às previsões dos adivinhos – 65 milhões de mortos - mas já iremos perceber que a componente de pânico tem papel reservado nestas matérias. Porém, ao cabo de uma década de sucessivas “antecipações científicas”, de que o Event 201 foi a etapa mais recente, há que dar relevo ao acontecimento fundador destes exercícios visionários, datado de 2010 e que revela um realismo gritante. Sobretudo na vertente que começa a ganhar forma à escala global: a imposição do autoritarismo ou a vulgarização do excepcionalismo.
“A resposta às necessidades do momento, em última análise, deve ser associada a uma visão e a um programa globais de colaboração”, escreveu Henry Kissinger no Wall Street Journal em plena pandemia de COVID-19. O expoente terrorista que é a referência de todos os esforços globalistas ditou esta sentença num contexto de reforço dos estados de excepção através do planeta, os quais, de acordo com o experiente Edward Snowden, continuarão a ter efeitos quando o novo coronavírus não passar de uma má memória. Um tema para reflectir, uma realidade que nos envolve, uma tendência generalizada – e banalizada – que impõe vigilância incansável
As vacinas, para Bill Gates, são uma filantropia estratégica que alimenta os seus muitos negócios na área (incluindo a ambição da Microsoft de controlar uma campanha global associando vacinação e identificação) e dá-lhe controlo ditatorial sobre a política global de saúde.
As previsões sobre o fim das consequências da pandemia de COVID-19 são cada vez mais imprecisas e complexas e começa a ganhar forma uma certeza construída de incertezas: o mundo não será o mesmo que antes da emergência do vírus. Daí que comecem a surgir reflexões sustentadas – não exercícios de futurologia – sobre o que poderá acontecer daqui para a frente em domínios como o económico, o social, o mundo do trabalho. O Lado Oculto é um espaço de informação e também de debate aberto. Daí que esteja disponível para dar a conhecer alguns desses trabalhos que possam suscitar polémica, reflexão, concordância e discordância num tempo de incertezas.
Um paradoxo se impõe nas nossas vidas por força do novo coronavírus (o SARS-CoV-2) e da doença que alastra (COVID-19): precisamos de estar isolados e, simultaneamente, mais unidos. Para contornar este paradoxo surgiu uma primeira resposta de base tecnológica - o teletrabalho - onde os recursos cibernéticos são assumidos como instrumento essencial em muitas actividades (nas áreas administrativas, educativas, de gestão e comunicação, entre outras).
Em plena pandemia de coronavírus, os Estados Unidos colocaram um número indeterminado dos mais modernos bombardeiros estratégicos “invisíveis” para ataques nucleares, os B-2 Spirit, na Base das Lajes, nos Açores. Os meios de agressão irão realizar “voos de treino” e de “integração no teatro de operações” europeu e estão em solo português desde 9 de Março, informa o Comando Europeu dos Estados Unidos (EUCOM). Quer isto dizer que o Pentágono reforçou a guerra aérea na Europa com os meios mais sofisticados enquanto anunciava uma redução indeterminada do número de soldados envolvidos nos jogos de guerra Defender Europe 20.
Entre os incontáveis e arrasadores efeitos geopolíticos do coronavírus, um já está perfeitamente evidente. A China reposicionou-se. Pela primeira vez desde o início das reformas de Deng Xiaoping, em 1978, Pequim encara explicitamente os Estados Unidos como uma ameaça, como declarou há um mês o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, na Conferência de Segurança de Munique, durante o auge da luta do seu país contra o coronavírus.
A pergunta está a tornar-se comum, perante as particularidades e as circunstâncias da epidemia de Coronavírus iniciada na cidade chinesa de Wuhan: tratando-se de uma mutação genética, de onde chegou a mão humana que contribuiu para desencadear a doença? Custa sempre admitir que haja pessoas e instituições capazes de atrocidades destas. Mas olhando um pouco para trás, recordando factos históricos conhecidos, admitidos e comprovados, identificando os seus autores e respectivos interesses, medindo os factos e coincidências podem antever-se respostas sem entrar pela gratuitidade da especulação. O Lado Oculto deixa este texto tentando contribuir para a reflexão informada sobre o tema.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…