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Documentação fidedigna entregue ao website WikiLeaks por um membro da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ, OPCW em inglês) confirma que esta entidade falsificou relatórios sobre supostos ataques químicos na Síria de maneira a responsabilizar o governo de Damasco pelo crime. Um desses acontecimentos falsificados esteve na origem no ataque com mísseis de cruzeiro contra território sírio realizado por Estados Unidos, França e Reino Unido em 14 de Abril de 2018.
A esmagadora maioria dos cidadãos europeus defende a neutralidade da União Europeia no caso de deflagrarem conflitos armados entre os Estados Unidos e a Rússia ou a China. Esta não é a única matéria em que existe dissonância absoluta entre as políticas de Bruxelas e a vontade dos cidadãos, mas revela até que ponto as instâncias não-eleitas da União Europeia estão distantes da opinião dos cidadãos e, por consequência, do respeito pela democracia.
Os patrocinadores ocidentais dos terroristas actuando na Síria designados White Helmets (Capacetes Brancos), e que se afirmam como “grupo humanitário”, começam a acordar para o facto de o seu amor pelos mercenários ser mais prejudicial do que benéfico – o que lhes levanta agora vários problemas.
Os Estados Unidos e alguns dos mais próximos Estados satélites desenvolvem contra a China uma guerra híbrida em numerosas fases e múltiplas frentes. Não faltam a ameaça militar e a perseguição comercial e económica; a guerrilha de propaganda está permanentemente presente. No quadro geral, porém, emerge a acção desenvolvida contra a soberania chinesa em Hong Kong e em relação à qual os mentores não mostram limites na utilização de tácticas extremamente perigosas.
Duas mulheres foram escolhidas para cargos de grande destaque no gigantesco aparelho burocrático neoliberal que é a União Europeia. Ao cabo de um opaco processo de tráfico de influências, a alemã Ursula von der Leyen emergiu como escolha final para a presidência da Comissão Europeia; e a directora-geral do FMI, Christine Lagarde, foi designada presidente do Banco Central Europeu. Duas mulheres politicamente de extrema-direita deixando atrás de si, em lugares que ocuparam recentemente, rastos de incompetência, clientelismo e corrupção. Tais nomeações, contudo, foram enaltecidas como grandes passos para a igualdade de género. Uma mistificação no meio da nuvem cerrada de mistificações em que se move a União Europeia.
A elite governante mundial, em aliança com o aparelho comunicacional global que trata da sua propaganda, querem forçar-nos a viver numa realidade paralela, aquela em que a versão ficcional e oficial dos factos se transforma em verdade única, indiscutível, sendo a discordância anatemizada como fake news.
O Departamento da Energia dos Estados Unidos (DoE) resolveu recentemente baptizar o seu gás natural liquefeito (GNL)* para exportação como “gás da liberdade” ou “moléculas de liberdade”. Liberdade para quem? Para a Europa, que já tem uma fonte fiável e barata de gás natural mas está a ser forçada a mudar para um gás mais caro, originário dos Estados Unidos, sob ameaça de sanções? Certamente que não.
Não houve qualquer ataque químico em Duma, na Síria, no dia 7 de Abril de 2018. A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ/OPCW) investigou o local, não detectou vestígios de substâncias tóxicas nem conseguiu contar os mortos, "se é que os houve". As imagens foram encenadas, como têm vindo a denunciar numerosos jornalistas que respeitam a ética da profissão. Esse suposto "ataque", recorda-se, levou os Estados Unidos, a França e o Reino Unido a bombardearem a Síria uma semana depois. No entanto, a informação dominante que intoxicou o mundo com as imagens falsas não restaura agora a verdade nem sequer dá relevo ao relatório da OPAQ. É o triunfo da mentira.
"Ajuda humanitária" é uma forma recente de aplicar a velha estratégia de cinismo de quem explora condições difíceis para seres humanos para delas tirar proveito por interesses próprios. Entre os anos trinta do século passado, como já sublinhava Bento de Jesus Caraça, e as provocações ocorridas nestes dias nas fronteiras da Venezuela, não passou assim tanto tempo e os métodos apenas refinaram na propaganda.
O almirante Kurt W. Tidd, chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, recomendou há três anos o seguinte para a Venezuela: "é preciso explorar ao máximo do ponto de vista político, reforçando a matriz mediática, a escassez de água, alimentos, medicamentos e de electricidade”, “ligando a crise à responsabilidade exclusiva de Maduro”; e “pedindo à comunidade internacional uma intervenção humanitária para manter a paz e salvar vidas”. Qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…