O Lado Oculto é uma publicação livre e independente. As opiniões manifestadas pelos colaboradores não vinculam os membros do Colectivo Redactorial, entidade que define a linha informativa.
Estão em curso importantes mudanças no sector da inteligência no âmbito da União Europeia, impulsionadas pelas novas tecnologias e pelos esforços políticos de integração. Isto acontece na ausência de qualquer debate público, acima da lei e com graves falhas de controlo e supervisão, pelo que volta a correr-se o risco de perder a legitimidade democrática destas transformações.
Publicamos uma carta aberta divulgada pelos nove dirigentes e presos políticos catalães condenados a um total de 100 anos de cadeia por pretenderem auscultar a opinião do povo da Catalunha sobre a independência do país. Através da sentença agora anunciada, escrevem, “pretende-se ignorar os milhões de pessoas que durante os últimos anos defenderam pacificamente o direito à autodeterminação e se mobilizaram a favor da independência”. Os presos políticos catalães reafirmam o apelo ao diálogo, o respeito absoluto pela democracia e a não-violência.
No Equador luta-se contra o neoliberalismo e o seu cortejo de arbitrariedades, violência, austeridade e abolição de direitos. Depois de uma década de avanços sociais com as administrações de Rafael Correa, a traição de Lenin Moreno, a pressão colonial e o autoritarismo do FMI assumiram o poder e desmantelam o que foi alcançando com a Constituição de 2008. Sentindo o perigo da perda total das conquistas, os equatorianos tomaram as ruas; e o regime responde à moda pura e dura neoliberal: com repressão em vários matizes, incluindo a força bruta.
A esmagadora maioria dos cidadãos europeus defende a neutralidade da União Europeia no caso de deflagrarem conflitos armados entre os Estados Unidos e a Rússia ou a China. Esta não é a única matéria em que existe dissonância absoluta entre as políticas de Bruxelas e a vontade dos cidadãos, mas revela até que ponto as instâncias não-eleitas da União Europeia estão distantes da opinião dos cidadãos e, por consequência, do respeito pela democracia.
Informações sobre os cidadãos europeus contidas na base de dados do Espaço Schengen estão a ser copiadas ilegalmente por autoridades de vários países, mesmo de alguns que não são membros desse sistema, incluindo o Reino Unido. Há conhecimento de que esses dados são transmitidos a empresas privadas e também às agências de espionagem dos Estados Unidos da América. Existem “riscos sérios e imediatos” para a integridade e segurança dos dados “e dos seus titulares”, reconhece um relatório confidencial ao nível da Comissão Europeia.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…