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Uma escola de espionagem, mecanismos operacionais de resposta rápida, afinação de todas as formas de guerra, incluindo cibernética e electrónica desde a alta atmosfera aos fundos submarinos, tudo isto vai ter a União Europeia onde prevalece a austeridade social. Diz-se que é a antecâmara do exército único; e se assim for, serão passos acelerados para a imposição clandestina e militarizada do federalismo - a extinção da soberania de Estados e povos. Tudo decidido há menos de um mês e praticamente em segredo.
O efeito Khashoggi paira como uma tempestade sobre o mundo. As ameaças de sanções contra a Arábia Saudita que vão sendo proferidas vagamente por países ocidentais já têm resposta de Riade. "Todo o insulto tem que ser vingado", proclama a tradição dos beduínos do deserto, que pode converter-se em petróleo a 200 dólares por barril e outras medidas capazes de fazer tremer a ordem estabelecida. Centenas de milhares de mortes depois, os países que se consideram civilizados podem agora avaliar o preço da sua permanente cumplicidade com um regime criminoso desde sempre, não apenas agora que matou Jamal Khashoggi.
Jogo aberto, sem eufemismos nem exercícios semânticos. O discurso do presidente dos Estados Unidos na Assembleia Geral da ONU regressou àquela que é a estratégia de sempre do Pentágono, pelo menos há dez anos: derrubar o governo da Síria, apear "o carniceiro de Damasco" - parafraseando Trump. Nada de "revoltas populares", ou "primaveras árabes" ou inexistentes distinções entre terroristas "moderados" e "radicais". Guerra de agressão para mudar um regime e fazer com que a Síria siga o caminho do Iraque ou da Líbia. Nada mais. Porém, neste caso, procurar consumar o objectivo significa entrar em confronto com a Rússia. Estaremos então perante uma situação de guerra com amplitude e consequências incalculáveis. Agora ficou claro: os países que insistirem em manter-se associados a Washington na chamada "coligação internacional" já sabem ao que vão.
O atentado de 4 de Agosto contra o presidente da Venezuela e membros dos outros órgãos de soberania fracassou, mas os porta-vozes dos autores prometem mais. Conheça a anatomia do golpe: seus operacionais, instigadores e mandantes, incluindo o que à hora do crime estava "no baptizado de uma netinha".
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…