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A crise económica mundial aprofunda-se a um ritmo tão vertiginoso como a pandemia. A redução da taxa de crescimento e a travagem brusca do aparelho produtivo da China já ficaram para trás. Agora desmoronou-se o preço do petróleo, desabaram as bolsas e instalou-se o pânico no mundo financeiro.
Membros do governo e deputados da Alemanha manifestaram indignação com a diligência feita pelo presidente norte-americano oferecendo mil milhões de dólares a uma empresa alemã para obter os direitos exclusivos para os Estados Unidos de uma eventual vacina contra o coronavírus que esteja a ser desenvolvida.
Os jogos de guerra da NATO na Europa não serão cancelados, informa oficialmente a aliança, apesar da pandemia de coronavírus e das medidas drásticas assumidas pela maioria dos países europeus para tentar proteger os seus cidadãos da “maior crise sanitária do nosso tempo”, segundo a OMS. As gigantescas manobras Defender Europe 20 serão “alteradas” e “alguns exercícios reduzidos”, mas “a capacidade das Forças da NATO para se adaptarem rapidamente a esta situação demonstra poder, flexibilidade e resiliência”, explica o general Todd Voulters, o chefe do Comando Europeu dos Estados Unidos (EUCOM). “Isto torna-nos uma força melhor”, garante.
Os exercícios militares da NATO designados Defender Europe 20, definidos como “os maiores movimentos de tropas na Europa nos últimos 25 anos”, continuam a desenvolver-se como o previsto, apesar das medidas tomadas pelos governos europeus para combater a pandemia de coronavírus (COVID-19).
A Europa está fechada. Enquanto isso, 30 mil soldados norte-americanos invadem o continente até Julho nas maiores manobras militares em 25 anos. O que acontece na altura em que o presidente dos Estados Unidos decide banir as entradas dos europeus no seu país. Em pleno combate à pandemia de coronavírus, prioridade à guerra.
Guardas embuçados do grupo transnacional de segurança G4S podem ser vistos de novo desempenhando funções junto à entrada do Parlamento Europeu em Bruxelas cerca de dez anos depois de a empresa ter sido afastada devido ao seu longo historial de violações de direitos humanos, incluindo tortura. A G4S presta igualmente serviços à Comissão Europeia tanto na capital belga como em representações através do mundo.
Os centros de decisão políticos, económicos e financeiros à escala global parecem ter entrado em estado de choque devido aos efeitos conjugados de uma lentidão da economia que vem de trás e da expansão contínua da epidemia de coronavírus (COVID-19), a que se juntou, nas últimas horas, uma queda a pique do preço do petróleo e das principais bolsas de valores.
Turquia e União Europeia continuam a disputar um desumano jogo de ping-pong usando os refugiados provocados por guerras apoiadas tanto por Ancara como por Bruxelas. Outra vítima das circunstâncias é a Grécia, abandonada à sua sorte de ser obrigada a conjugar a austeridade, as punições financeiras internacionais e o facto de ser “armazém” de refugiados que o resto da União se recusa a acolher.
O Parlamento Europeu suspende a sua sessão mensal, as pessoas cumprimentam-se com os pés, políticos e futebolistas ficam de mãos estendidas porque os contactos acabaram, competições desportivas são adiadas, evitam-se ajuntamentos. Entretanto a Europa vai ser invadida por 30 mil soldados norte-americanos que, acompanhados por mais dez mil de países da NATO, irão dedicar-se a jogos de guerra contra “a ameaça russa” em dez países europeus, entre os quais a Itália, o mais atingido pelo coronavírus. Disse coronavírus? O que é isso comparado com a “ameaça russa”?
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…