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Com pouco mais de um terço dos deputados no Parlamento, o “eterno” primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, driblou o ex-chefe da oposição como se fosse um simples amador e avança para um governo de maioria no qual assegurou poderes para designar os juízes que o deveriam julgar por corrupção. E, sobretudo, garantiu condições para iniciar a anexação da Cisjordânia, o maior assalto dos últimos tempos contra os palestinianos e o direito internacional, com as costas protegidas por Donald Trump
A directora-geral do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, pronunciou uma sentença em poucas palavras que vale mais que mil imagens: “A Organização Mundial de Saúde existe para proteger a saúde das pessoas; o FMI existe para proteger a saúde da economia mundial”. Ficamos avisados: ai dos povos cujos dirigentes resolverem combater o cataclismo económico gerado pelo novo coronavírus recorrendo às bem conhecidas “ajudas” do FMI e das suas extensões troikianas para consumo interno da União Europeia!
O Mossad, a agência de espionagem israelita, declara-se envolvida num grande esforço para adquirir equipamentos e suprimentos médicos antes que terminem os stocks em armazém em plena pandemia de COVID-19. Entre as actividades desenvolvidas pela instituição através do mundo está o roubo, admitiu um funcionário numa declaração à comunicação social.
O governo italiano de Giuseppe Conte fez a sua escolha: sabendo que não pode contar com a “solidariedade” de uma União Europeia sem rei nem roque e onde a economia é sempre mais importante que as pessoas; e enquanto vai aproveitando as ajudas russa, chinesa e cubana acabou por pedir “assistência” a Donald Trump. Que não se fez rogado, faltando conhecer quanto e como os italianos irão pagar em troca.
Mattia é um cidadão italiano de 38 anos de Codogno, Lombardia. Socialista e sociável, desportista que corre maratonas, extrovertido, saudável, certamente nunca mais esquecerá os primeiros meses de 2020. Não só por lhe ter nascido a filha, Giulia, já em Abril, mas também porque venceu o combate que travou de 19 de Fevereiro a 25 de Março contra o novo coronavírus SARS-CoV-2, que entretanto lhe vitimou o pai e atingiu ao de leve a esposa, Valentina. Não ficam por aqui os episódios em redor de Mattia: ele foi o quarto caso de COVID-19 em Itália, o “Paciente nº4”; mas como não teve qualquer contacto com a China nem com os três primeiros infectados na Lombardia, oriundos da cidade chinesa de Wuhan, foi considerado o “Paciente italiano nº 1”. A história de Mattia é suficiente para por em causa a versão oficial, adoptada pelos media corporativos, de que tudo terá começado no mercado de frutos do mar e animais exóticos de Huanan, na cidade chinesa de Wuhan. Há outros caminhos a percorrer para tentar descobrir o Paciente Zero da pandemia.
No dia 18 de Outubro de 2019, dezena e meia de tecnocratas de luxo ao serviço das mais altas esferas do regime neoliberal globalista reuniram-se num hotel de Nova York para realizar “um exercício pandémico de alto nível” designado Event 201; consistiu na “simulação de um surto de um novo coronavírus” de âmbito mundial no qual, “à medida que os casos e mortes se avolumam, as consequências tornam-se cada vez mais graves” devido “ao crescimento exponencial semana a semana”. Ninguém ouvira falar ainda de qualquer caso de infecção: estávamos a 20 dias de o jornal britânico Guardian noticiar o aparecimento na China de uma nova doença respiratória provocada – soube-se só algumas semanas depois – por um novo coronavírus. Os dons proféticos dos expoentes do neoliberalismo são, sem dúvida, admiráveis.
As variedades do novo coronavírus (COVID-19) detectadas na China, em Itália, no Irão, em Taiwan, na Coreia, na Alemanha e em outros lugares são diferentes, todas derivadas de um “tronco original”. Esse “tronco original” foi encontrado unicamente nos Estados Unidos depois de terem sido identificadas todas as variedades e mutações do vírus através da análise de quase cem amostras do genoma colectadas em 12 países de quatro continentes. Por estas circunstâncias torna-se difícil encontrar o “paciente zero” da pandemia, que não está certamente entre os casos que foram descobertos no mercado de frutos do mar em Wuhan, China, em 31 de Dezembro de 2019. Deverá antes ser procurado em território norte-americano mas, aí chegados, o assunto torna-se tabu: trata-se de “um vírus estrangeiro”, sentenciou o presidente dos Estados Unidos cortando cerce o direito à procura de outra verdade.
Quem acompanha os acontecimentos na Líbia através dos media corporativos poderá ser levado a pensar que a guerra entre os governos de Benghazi e Tripoli, cada um deles apoiado pela sua parte de governos estrangeiros sedentos das reservas de petróleo do país, surgiu agora de uma banal luta pelo poder. Uma cuidada conspiração do silêncio gerida pela comunicação social dominante, escudada na memória tradicionalmente curta dos seus consumidores, faz com que assim seja. No entanto, o caos reinante e onde avultam muitos a rentáveis tráficos escabrosos, entre eles o de escravos, foi gerado por uma coligação militar da NATO com terroristas islâmicos das famílias al-Qaida e Estado Islâmico. Ao contrário do jornalismo/propaganda, a História cultiva a memória.
Uma mentira esteve na base da recente escalada de violência no Médio Oriente que culminou com o assassínio do general iraniano Qasem Soleimani. Suspeitava-se de que assim era, mas o apuramento mais pormenorizado de factos e circunstâncias confirmam-no. O mainstream global evita abordar os acontecimentos segundo este novo ângulo – apesar de o New York Times o ter feito - porque seria obrigado a substituir toda a conveniente narrativa montada. Porém, o que na realidade aconteceu foi: os terroristas do Estado Islâmico realizaram a operação que serviu de pretexto a Trump e ao Pentágono para assassinarem o maior inimigo do Estado Islâmico – e da al-Qaida.
O Irão confessou: foram as suas defesas aéreas que abateram “por engano”, em 8 de Janeiro, o avião civil que fazia o voo 752 da Ukraine Airlines. Mas que circunstâncias externas interferiram na acção do operador do sistema de mísseis? Por que razão as comunicações do avião civil foram silenciadas? Estas e outras perguntas, associadas a factos que vão sendo apurados e a capacidades conhecidas da guerra cibernética, conduzem-nos para outros patamares de considerações; ou, no mínimo, para a constatação de que a história está muito incompleta, logo mal contada. As reflexões que se seguem, de alguém com experiência para saber do que fala, merecem ser conhecidas.
Há poucos dias vieram a lume os chamados “Afghanistan Papers”, documentos resultantes de investigações internas conduzidas pelo governo dos Estados Unidos e que provam como sucessivas administrações de Washington – de ambos os partidos/Estado – mentiram e mentem aos cidadãos dos Estados Unidos e dos países membros da NATO ao longo dos já 18 anos de uma guerra que, desde o início, sabem não conseguir ganhar. Tal como aconteceu no Vietname, no Iraque, na Líbia, na Síria. Milhões de seres humanos com as suas vidas destruídas depois, os crimes continuam impunes e novas guerras se perfilam. Chama-se isto “defender o nosso civilizado modo de vida” e “implantar a democracia”.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…