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Em menos de um ano, desde Junho do ano passado, as forças coloniais da NATO e da União Europeia deram passos decisivos para o controlo absoluto da região dos Balcãs. Nesse dia foi assinado o Tratado de Prespa, entre a Macedónia ex-jugoslava e a Grécia de Tsipras. Seguiram-se golpes na Macedónia e passos determinantes para a integração do Kosovo da Albânia, enquanto mais uma "revolução colorida" ganha fôlego na Sérvia. Nasce assim a Grande Albânia, velha ambição do expansionismo islâmico e mafioso de Tirana, cenário que coincide com as pretensões coloniais de Washington e Bruxelas no Sudoeste Balcânico.
Foi em 16 de Fevereiro e o episódio dá conta do tipo de congeminações que circulam entre os dirigentes que têm o mundo nas mãos. Nesse dia, o vice-presidente dos Estados Unidos sugeriu à chanceler alemã enviar uma frota de navios de guerra ao Mar de Azov para provocar Putin; e Merkel não rejeitou imediatamente: ainda consultou o chefe do regime ucraniano e o presidente de França. A ideia morreu à nascença, mas de onde veio esta outras podem seguir-se… Até que o conflito rebente?
Cinco anos depois do golpe de Estado "democrático" da Praça Maidan e à beira de novas eleições presidenciais, a Ucrânia chegou ao título de "país mais pobre da Europa", outorgado pelo FMI. Petro Porochenko, o presidente, prepara-se para novo mandato, se bem que as sondagens em nada lhe sejam favoráveis nem dêem favoritismo. Mas é o candidato da NATO e da União Europeia, estatuto que vale muitos milhões de votos à cabeça, ainda que Porochenko tenha contribuído para que um Estado fascista nascesse da "democracia" do golpe. A Ucrânia é o exemplo pleno das estranhas circunvoluções "democráticas" que asseguram o "nosso civilizado modo de vida".
Golpe na Venezuela, com banho de sangue no horizonte; retirada norte-americana do Tratado que proíbe mísseis de médio alcance e desbrava o caminho da guerra nuclear. Dois passos para o abismo dados pela administração Trump desde que o núcleo de sociopatas em torno do presidente se tornou sólido e estável. Ocasião escolhida pelos aliados de Washington para transformarem as supostas divergências com administração norte-americana em rendida vassalagem, corresponsabilizando-se, assim, pelas ameaças de tragédia que se reforçam sobre os povos da América Latina e do continente europeu. Uma subserviência na qual o governo de Portugal se esforça por ter lugar de destaque.
No dia de Natal, seis caças israelitas protegeram-se atrás de voos civis de passageiros para atacar os arredores de Damasco, capital síria. O acto de agressão, que viola normas elementares do Direito Internacional, não mereceu, até agora qualquer palavra de qualquer órgão da ONU, incluindo secretário-geral, e da União Europeia. O acto evidencia duas realidades: Israel sabia que a Síria não ia fazer perigar os aviões de passageiros; o sionismo recorre a todos os meios desumanos para tentar driblar a zona de exclusão aérea instalada para proteger a Síria da agressão internacional.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…