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Em menos de um ano, desde Junho do ano passado, as forças coloniais da NATO e da União Europeia deram passos decisivos para o controlo absoluto da região dos Balcãs. Nesse dia foi assinado o Tratado de Prespa, entre a Macedónia ex-jugoslava e a Grécia de Tsipras. Seguiram-se golpes na Macedónia e passos determinantes para a integração do Kosovo da Albânia, enquanto mais uma "revolução colorida" ganha fôlego na Sérvia. Nasce assim a Grande Albânia, velha ambição do expansionismo islâmico e mafioso de Tirana, cenário que coincide com as pretensões coloniais de Washington e Bruxelas no Sudoeste Balcânico.
Sob disfarces vários, mas sob o mesmo pretexto, os Estados Unidos travam a "guerra contra o terrorismo" em 80 países, isto é, 40% das Nações da Terra. Em combate aberto ou sob as capas de "treino" e "assistência", o corpo expedicionário norte-americano é global e imperial, ao mesmo tempo que os efectivos terroristas e o número de organizações terroristas não deixaram de crescer e alastrar desde que o combate foi declarado, a seguir aos mal explicados atentados de 11 de Setembro de 2001. A situação deixa numerosas perguntas no ar, a que os governos, a começar pelo dos Estados Unidos, e as instituições internacionais não estão interessados em responder.
Golpe na Venezuela, com banho de sangue no horizonte; retirada norte-americana do Tratado que proíbe mísseis de médio alcance e desbrava o caminho da guerra nuclear. Dois passos para o abismo dados pela administração Trump desde que o núcleo de sociopatas em torno do presidente se tornou sólido e estável. Ocasião escolhida pelos aliados de Washington para transformarem as supostas divergências com administração norte-americana em rendida vassalagem, corresponsabilizando-se, assim, pelas ameaças de tragédia que se reforçam sobre os povos da América Latina e do continente europeu. Uma subserviência na qual o governo de Portugal se esforça por ter lugar de destaque.
A saída dos Estados Unidos do acordo sobre armas nucleares de médio alcance (INF) não é o mero abandono de um tratado internacional. Trata-se de um novo passo norte-americano para a admissibilidade da guerra nuclear, sendo de prever igualmente a saída do tratado de mísseis estratégicos (START). A razão imediata, não assumida pelo Pentágono, é criar um cerco nuclear à China. Os planos, porém, são mais vastos, à medida do desespero e do aventureirismo de um imperialismo falido. Para isso se fabricam bombas nucleares de potências menores, para serem mesmo utilizadas. O perigo para a vida na Terra é real.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…