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A decisão está tomada. O Parlamento do Iraque, seguindo o parecer do governo, exige às tropas estrangeiras que se retirem do país e vedou o espaço aéreo à utilização por poderes estrangeiros. Bagdade pede ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que condene o ataque norte-americano contra o aeroporto internacional da capital e também revogou o pedido de assistência de uma coligação internacional – constituída por Estados Unidos e outros membros da NATO – para o combate contra o Isis ou Estado Islâmico. “O que aconteceu foi um assassínio político; o Iraque não pode aceitar isso”, resumiu o primeiro-ministro Adel Abdul al-Mahdi como razão de fundo para a expulsão das tropas estrangeiras.
O Estatuto de Roma e o Tribunal Penal Internacional (TPI) estão em vigor há 17 anos, coincidindo este período com guerras terríveis como as do Afeganistão, do Iraque, da Líbia e da Síria. Nas instâncias daquele tribunal não há conhecimento de qualquer acção concreta contra crimes de guerra praticados por tropas dos principais fazedores de guerra, os Estados Unidos e os seus aliados da NATO. Por não praticarem crimes de guerra? Não é o que consta de sucessivos relatórios com provas gritantes, mas cujos conteúdos se esfumam no ar. A “justiça internacional” é apenas um instrumento de faz de conta.
Há poucos dias vieram a lume os chamados “Afghanistan Papers”, documentos resultantes de investigações internas conduzidas pelo governo dos Estados Unidos e que provam como sucessivas administrações de Washington – de ambos os partidos/Estado – mentiram e mentem aos cidadãos dos Estados Unidos e dos países membros da NATO ao longo dos já 18 anos de uma guerra que, desde o início, sabem não conseguir ganhar. Tal como aconteceu no Vietname, no Iraque, na Líbia, na Síria. Milhões de seres humanos com as suas vidas destruídas depois, os crimes continuam impunes e novas guerras se perfilam. Chama-se isto “defender o nosso civilizado modo de vida” e “implantar a democracia”.
O secretário norte-americano da Defesa, Mark Esper, afirmou numa conferência de imprensa que, apesar da anunciada retirada militar da Síria, tropas dos Estados Unidos ficarão estacionadas no Leste do país para “proteger” os campos de petróleo. Trump tinha dito:"talvez mais alguém queira este petróleo e, nesse caso, terá de submeter-se a um combate infernal".
Com uma perigosa administração de direita, de cariz fascista, no governo em Washington, rejeitando o direito internacional e a prática de consensos, chegou a hora de as Nações Unidas e as missões permanentes dos Estados membros mudarem para um local mais neutro.
O que está em curso há mais de setenta anos contra o povo palestiniano é um genocídio. Bárbaro. Impune. Ignorado. Branqueado por uma “comunidade internacional” que repudia o próprio direito pelo qual deveria guiar-se; e por uma comunicação social vesga e totalitária que tomou conscientemente o partido dos genocidas, pelo que chega ao comportamento perverso de acusar as vítimas de práticas terroristas.
Sob disfarces vários, mas sob o mesmo pretexto, os Estados Unidos travam a "guerra contra o terrorismo" em 80 países, isto é, 40% das Nações da Terra. Em combate aberto ou sob as capas de "treino" e "assistência", o corpo expedicionário norte-americano é global e imperial, ao mesmo tempo que os efectivos terroristas e o número de organizações terroristas não deixaram de crescer e alastrar desde que o combate foi declarado, a seguir aos mal explicados atentados de 11 de Setembro de 2001. A situação deixa numerosas perguntas no ar, a que os governos, a começar pelo dos Estados Unidos, e as instituições internacionais não estão interessados em responder.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…