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O Reino Unido, com apoio explícito dos Estados Unidos, desafia a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Tribunal Internacional de Justiça ao recusar-se a abandonar o Arquipélago de Chagos, no Oceano Índico, para reintegração na soberania das Ilhas Maurícias, da qual foi dissociado ilegalmente. Ignoram-se ainda os procedimentos que o secretário-geral da ONU irá adopar para fazer cumprir as deliberações da organização e do Tribunal.
A cimeira dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – realizada em Brasília revelou que o grupo está vivo, apesar das mudanças no Brasil e do enfeudamento total do país aos Estados Unidos. O pragmatismo russo e chinês, aproveitando as oportunidades para continuar a abrir espaços económicos onde a crise neoliberal deixa o seu rasto, sobrepõe-se à desafinação política e consegue convergências de interesses aparentemente improváveis.
Enquanto nas economias da União Europeia os investimentos públicos estão praticamente estagnados, não deixam de progredir, por outro lado, os investimentos no circo da guerra. Por ironia, algumas das regiões mais pobres da Europa e flageladas por colossais índices de desemprego jovem são aquelas onde se concentram grandes instalações da NATO, transformando a guerra na única “indústria” de emprego “seguro”. Aqui fica o exemplo de Itália.
É um produto bem definido. Para encerrar uma vasta operação especial, na qual se recorreu a uma arma inconfessável, convém encenar a morte daquele que a incarnou. É a melhor maneira de apagar os seus rastos perante a opinião pública. Após a morte de Bin Laden, eis a morte de al-Baghdadi.
Com uma perigosa administração de direita, de cariz fascista, no governo em Washington, rejeitando o direito internacional e a prática de consensos, chegou a hora de as Nações Unidas e as missões permanentes dos Estados membros mudarem para um local mais neutro.
A CIA deixou de ter acesso automático às informações obtidas pelos serviços secretos da Nova Zelândia. As autoridades deste país estabeleceram um conjunto de “boas práticas” obrigatórias para tentar evitar o uso desses dados pela parte norte-americana em actividades de tortura e outras violações dos direitos humanos. Ensombram-se assim os horizontes da cooperação dos chamados “Cinco Olhos”, o conjunto dos serviços de espionagem anglo-saxónicos – Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia – e que tem um alcance efectivamente global.
A quinta edição do Fórum Económico Oriental, que decorreu em Vladivostoque, demonstrou que o multilateralismo e a cooperação mutuamente vantajosa são possíveis mesmo entre nações que têm um passado – e até um presente – de antagonismo. No Extremo Oriente, sob a égide da Rússia, várias nações asiáticas enviaram esta mensagem ao mundo – a de que uma nova ordem internacional é possível - significativamente ignorada pelos meios de comunicação mainstream.
A ideia de Trump sobre a compra da Gronelândia é para levar a sério. Grandes operações, mesmo as que são aparentemente mais bizarras, podem começar com balões de ensaio como este. A Gronelândia não é um iceberg em águas árcticas: é uma vasta ilha com importância estratégica - sobretudo com a retirada norte-americana do Tratado INF - que tem importantes riquezas naturais, entre elas petróleo, gás natural e metais terras raras. Sendo que as preocupações sobre as sensibilidades ambientais, árcticas ou outras, não costumam travar Trump. A Gronelândia é um território autónomo da Dinamarca e que não integra a União Europeia. Poderá ou quererá Copenhaga evitar o negócio se Washington, muito à sua maneira, insistir nele?
Em 5 de Agosto, o ministro do Interior da Índia, Amit Shah, apresentou no Parlamento indiano o chamado projecto de Lei de Reorganização de Jammu e Caxemira. O documento divide este Estado indiano em duas partes: o Território da União de Ladakh e o Território da União de Jammu e Caxemira. A Assembleia Legislativa do Estado foi suspensa. Os seus eleitos foram colocados em prisão domiciliária. A imprensa foi amordaçada, os protestos foram reprimidos violentamente e as redes sociais desactivadas.
Os secretários de Estado e da Defesa dos Estados Unidos, Michael Pompeo e Mark Esper, e o secretário-geral da Nato, Jens Stoltenberger, estiveram na Austrália nos primeiros dias de Agosto para programarem a entrada deste país na Aliança Atlântica. O território australiano, de acordo com as intenções dos visitantes, deverá receber mísseis nucleares de médio alcance apontados à China
No passado fim-de-semana o yuan, a moeda chinesa, saiu do seu padrão habitual e desvalorizou-se para mais de sete unidades contra um dólar norte-americano. Ao mesmo tempo, a China anunciou que deixa de comprar produtos agrícolas aos Estados Unidos. A estratégia comercial delineada por Trump e pelos neoconservadores norte-americanos implodiu. Passou-se de uma guerra de tarifas comerciais para uma guerra económica mais ampla, na qual serão aplicadas outras tácticas e medidas.
A descoberta de um arsenal de armas de guerra em Turim representa uma concludente informação para todos quantos duvidavam da sobrevivência da Gladio, a rede stay behind (clandestina) da NATO. A rede de neonazis que actua em conjunto com a Aliança Atlântica contra a Rússia está operacional na Ucrânia.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…