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Participação na extorsão, pelo Banco de Inglaterra, de 1359 milhões de dólares de ouro ao Estado venezuelano; confisco de 1543 milhões de euros pelo Novo Banco. Pelo menos três mil milhões de euros é o montante da delapidação de bens do povo venezuelano em que o governo de Portugal está envolvido, directa e indirectamente. Dinheiro que Caracas não pode usar para comprar medicamentos e outros bens de primeira necessidade e que é parte de uma guerra sem tropas, mas letal, conduzida pelos Estados Unidos. Os portugueses têm o direito de conhecer a realidade desta cumplicidade, mas o governo ainda tenta disfarçar, com o silêncio, que está ao lado da administração fascista norte-americana nesta atrocidade contra a democracia, os direitos humanos e a soberania dos povos
Juan Guaidó falhou mais um golpe na Venezuela e, horas depois, não conseguiu convocar "a maior marcha de sempre" no país. A libertação do titular fascista Leopoldo López foi o único êxito da intentona de terça-feira. Acolhido na Embaixada de Espanha, López está na calha para suceder ao desacreditado Guaidó como agente de Washington. E, esgotadas as "revoluções coloridas" e as tentativas de arrastar as forças armadas para o golpe, Washington está cada vez mais reduzido à agressão militar como "alternativa" para derrubar o governo da Venezuela. Mas este, legítimo, democrático e livre, pode pedir ajuda defensiva a quem quiser.
Há muitas maneiras de fechar as portas que Abril abriu, mas o governo português em funções parece ter escolhido as mais extremas em política externa, como a da conspiração contra governos democráticos e o terrorismo contra populações soberanas e independentes. E fá-lo em silêncio, sem admitir que o faz e, pior, sem se dar ao trabalho de explicar aos cidadãos portugueses as suas inquietantes actividades. Será que ainda tenciona fazê-lo ou vai continuar a mover-se na sombra do intervencionismo norte-americano contra o direito e o decoro na cena internacional -ofendendo também o 25 de Abril e a Constituição da República?
No dia 10 de Abril realizou-se em Washington uma reunião para "avaliar a utilização da força militar na Venezuela". Apesar de "privada" e organizada por um "think tank", o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, a reunião conspirativa teve a participação de membros do Departamento de Estado e do Conselho de Segurança Nacional, pertencentes pois à Administração Trump. A lista de participantes, que publicamos no final do artigo, incluiu o almirante Kurt Tidd, que é há muito uma figura de topo nas actividades contra a soberania da Venezuela como comandante do Comando Sul das Forças Navais dos Estados Unidos - cargo que deixou recentemente.
A Venezuela "vai entrar num período de sofrimento", profetizou o senador norte-americano Marco Rubio. Pouco depois, num passe de mágica, os venezuelanos foram vítimas do maior apagão de energia de sempre. "Maduro só produz escuridão", escreveu Pompeo, secretário de Estado norte-americano. "A luz só voltará quando terminar a usurpação" de Maduro, assegurou o "presidente interino", Juan Guaidó. Estas pequenas frases explicam o "acidente" dos cortes de energia eléctrica na Venezuela. Um "acontecimento decisivo" recomendado em memorando por um dos treinadores de Guaidó em "mudanças de regime", o sérvio Popovic, pago por Washington.
O reforço da Informação Independente como antídoto para a propaganda global.
Bastam 50 cêntimos, o preço de um café, 1 euro, 5 euros, 10 euros…