O LADO OCULTO - Jornal Digital de Informação Internacional | Director: José Goulão

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HÁ TROPAS ESPECIAIS FRANCESAS NA UCRÂNIA

2019-04-07

Louise Nyman, Paris

A França tem unidades militares de forças especiais estacionadas na Ucrânia em apoio do regime nazi-fascista na guerra que conduz no Dombass contra as populações de maioria russófona.

A informação foi detectada a propósito das diligências que o Comando de Operações Especiais (COS) das Forças Armadas francesas tem vindo a desenvolver para dotar-se de um serviço próprio de informações baseado em unidades colocadas em territórios onde, oficialmente, não é suposto estarem. Estas acções desenvolvem-se no quadro de estruturas coordenadas pelos Estados Unidos e que podem ser exteriores ao aparelho da NATO.
Através do reforço do seu aparelho próprio de recolha de informações baseado em meios humanos próprios, o COS procura aprofundar as intervenções que se processam clandestinamente em países como o Iraque, a Síria, o Iémen e a Ucrânia ou em regiões como a do Sahel, em África. As forças especiais francesas apostam assim nos “oficiais de ligação de operações militares” – MOLOS no léxico militar norte-americano – para criar autonomia relativa em relação aos outros serviços de espionagem militar, designadamente a Direcção Geral de Segurança Externa (DGSE) e os próprios serviços militares de informações.
Deste modo, as unidades em situação clandestina, e mesmo em operações de manobras conjuntas, reúnem as suas próprias informações e enviam-nas para o COS, em Paris.

Sob a batuta de Washington e contra a Rússia

Este refinamento das acções de espionagens do sector francês de operações especiais é feito em coordenação com outras unidades dos países aliados, designadamente as forças de operações especiais dos Estados Unidos; o âmbito pode extravasar, porém, as estruturas operacionais da NATO.
O conhecimento desta nova forma de organização conduziu à constatação de que a França está operacionalmente associada à estrutura militar de suporte do aparelho nazi-fascista ucraniano, tanto no âmbito da guerra que este desenvolve no interior do país como o das acções integradas no chamado “combate à ameaça russa”.
Neste quadro, um avião de intercepção da Força Aérea francesa tem realizado voos sobre o enclave russo de Kalininegrado. Operações essas que são antecedidas pelo envio de drones de reconhecimento RQ-40 Global Hawk da Força Aérea dos Estados Unidos e de pelo menos dois bombardeiros B-52 norte-americanos, como aconteceu no passado dia 22 de Março também sobre o mesmo enclave russo.


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